Produzido em Catalão (GO) desde 2014, o Mitsubishi Lancer sumiu do configurador no site da marca. O sedã vem emplacando cada vez menos neste ano e já teve sua produção encerrada ao redor do mundo. Os únicos lugares que ainda fabricam o Lancer são os EUA, que já confirmaram o fim do modelo para este mês de agosto, e a China, que criou uma versão exclusiva para o seu mercado. Teria saído de linha? Procurada pelo Motor1.com, a Mitsubishi diz que a produção segue normal e que analisará o que houve com o configurador. Apesar de ter todos os motivos do mundo para deixá-lo descansar em paz.
Com a renovação de seus rivais, o sedã médio da Mitsubishi foi perdendo espaço. Em 2016, emplacou 2.762 unidades, superando poucos concorrentes, como Hyundai Elantra e Peugeot 408. De janeiro até agora, ele soma apenas 401 unidades e vende menos a cada mês. Emplacou 19 veículos em junho e apenas 11 em julho. Se a Mitsubishi não o tirar de linha e as vendas continuarem neste ritmo, talvez o mercado a obrigue a isso.
O Lancer ainda consta entre os modelos no site brasileiro, mas não pode mais ser montado ali. A seção dedicada ao modelo mostra o sedã em três configurações: HL (R$ 79.990), HLE (R$ 92.990) e GT (R$ 96.990), todas com o motor 2.0 de 160 cv e 20,1 kgfm, abastecido apenas com gasolina e sempre combinado ao câmbio automático de 5 marchas. Fora a ausência no configurador, outro sinal de que ele está saindo de cena é a nova loja modelo da marca no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Note que o Lancer não está em exposição. A justificativa da Mitsubishi é que será feito um rodízio dos modelos expostos no espaço e que, em breve, colocarão também o Lancer de produção.
Lançado em 2007 no resto do mundo e em 2010 no Brasil, o Mitsubishi Lancer mostra o peso de sua idade. Ele só continua bem vivo no mercado chinês, onde leva o nome de Grand Lancer (ou Lancer EX). O que não surpreende: com mais de 23,9 milhões de unidades vendidas, tem espaço neste mercado para praticamente qualquer carro.
O Grand Lancer está mais para um facelift do que nova geração: ele utiliza boa parte da mecânica do modelo antigo e a mesma plataforma GS, mas adota um design semelhante ao dos últimos modelos da marca, como o crossover Outlander, feito em parceria com a Pininfarina Shanghai. Até seu motor, o 1.8 de 139 cv, é uma apenas uma atualização do propulsor que já era usado por lá.
Colaborou Gustavo Henrique Ruffo
Fotos: divulgação e arquivos Motor1.com
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