Depois que a França disse que banirá a venda de carros com motores a combustão até 2040, a data parece ter se tornado a nova referência para o fim desta tecnologia. Quem engrossa o coro é o Reino Unido, que anunciou os mesmos objetivos para o mesmíssimo ano. Só ficarão de fora os modelos híbridos, que poderão continuar a ser vendidos mesmo sendo equipados com motores a combustão.
O plano britânico foi anunciado no fim desta terça (25) pelo DEFRA (Department for Environment, Food and Rural Affairs, o Ministério do Ambiente, Alimentação e de Assuntos Rurais do Reino Unido). A medida faz parte de um plano de 2,7 bilhões de libras esterlinas para despoluir o ar.
Segundo os planos, o governo britânico pode até reabrir as vendas a modelos com motores apenas a combustão se os níveis de poluentes caírem o suficiente para isso. E se não houver risco de estas vendas aumentarem a poluição.
Vale lembrar que o automóvel não é o vilão em que grupos ambientalistas tentam transformá-lo. O problema é a grande concentração de carros nas grandes cidades, que acaba tornando o ar pior nestas localidades. Estima-se que 40.000 mortes por ano no Reino Unido se devam a problemas respiratórios causados por gases de escape.
Mas já foi muito pior. Na Londres de 1850, a expectativa de vida era de 39 anos, em boa medida pelo pó de estrume dos 1,35 milhão de cavalos que puxavam carroças por lá, como mostra este texto antológico de José Luiz Vieira para o WebMotors. É verdade que a concentração de poluição não é bacana, mas há formas melhores de lidar com ela do que simplesmente banir os automóveis. Os elétricos talvez sejam uma delas. Aguardemos pelo Armagedom do motor a combustão. Ele já tem data para acontecer...
Fotos: divulgação
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