Não aos SUVs - As (poucas) marcas que ainda resistem à onda

No mundo, eles representaram mais de 27 milhões de unidades vendidas em 2016. No Brasil, o segmento já respondeu por mais de 150 mil carros apenas no primeiro semestre de 2017. Estamos falando dos SUVs. Só que hoje não vamos comentar sobre nenhum novo lançamento nesta categoria. Mas sim das marcas que ainda não entraram neste filão, tanto no mundo quanto no Brasil.

 

 

Fiat 

É o caso mais emblemático do mercado brasileiro. Em 1999, a marca mineira deu o primeiro passo em direção aos SUVs compactos com o lançamento da Palio Adventure. O sucesso da versão aventureira da perua foi tanto que a Fiat estendeu a opção para a picape Strada, a minivan Idea e até para o furgão Doblò. Outra tentativa veio com o Freemont, uma versão Fiat do Dodge Journey norte-americano. Isso até que a Fiat enfim fez um SUV para chamar de seu, o 500X, mas, para tristeza dos concessionários locais, não o escalou para o mercado brasileiro. O motivo? Bombar o Renegade, o irmão do 500X com a marca Jeep. Por aqui, o chefão da FCA Sergio Marchionne quer que os SUVs sejam território da Jeep. Mas com o sucesso do Compass e o declínio do Renegade, não seria o caso de repensar a estratégia e fazer também o 500X em Pernambuco? A picape Toro é a maior prova de que a Fiat já superou o estigma de não vender carro caro. E o 500X teria tudo a ver com o momento atual da marca no Brasil, tentando elevar o padrão com o Argo.

 

 

Citroën  

Caso parecido com o da Fiat: a marca francesa fez uma minivan aventureira, o Aircross, enquanto não tem um representante de verdade na categoria no Brasil. A diferença é que isso vai mudar em breve, pois o C4 Cactus nacional já está em testes e será lançado entre o fim de 2017 e o começo de 2018. Será o primeiro carro do Grupo PSA produzido no país a usar a nova plataforma modular EMP2 e, de acordo com o site AutosSegredos, estará disponível com os motores 1.6 FlexStart (câmbios manual de 5 marchas e automático de 6 marchas) e 1.6 THP (este só com automático de 6 marchas). Vale dizer que o visual será um pouco diferente da foto acima, pois o C4 Cactus daqui já será da versão reestilizada que também chega em breve ao mercado europeu.

 

Aston Martin 

A marca dos esportivos ingleses fez um cupê de 4 portas para enfrentar o Porsche Panamera, o Rapide, mas ainda deve um SUV para fazer frente ao Cayenne. Isso pode mudar em 2019, para quando está prevista a chegada do SUV da Aston, que deverá ser chamar DBX. Prova de que a marca estuda o mercado SUV há tempos é o conceito Lagonda (foto acima), de 2014.  

 

Lamborghini 

A italiana dos touros bravos é outra que em breve vai incluir um SUV em sua linha. Será o Urus, que terá como característica manter o design agressivo da sua gama de superesportivos. Mas a decisão de ter um SUV demorou, como mostrou o primeiro conceito do Urus, que apareceu no Salão de Pequim de 2012. Pelo visto a Lambo ficou um bom tempo avaliando o mercado até confirmar o Urus de produção, que tem estreia prevista para o próximo dia 4 de dezembro. O motor será um inédito 4.0 V8 biturbo, em oposição aos V10 e V12 aspirados usados pelo Huracán e Aventador.   

 

Ferrari

Além de não querer um SUV da Fiat no Brasil, Marchionne disse que teriam de atirar nele primeiro antes de lançarem um SUV da Ferrari. Exageros à parte, a verdade é que há fortes rumores sobre um SUV do Cavallino Rampante que estaria sendo desenvolvido sob o código F16X para lançamento em 2021 - afinal, o Urus não pode ficar sozinho entre os superSUVesportivos, ou seja lá o que isso signifique... De acordo com publicação britânica Car, o F16X vai compartilhar a plataforma com o sucessor da atual GTC4Lusso, que virá ao mundo em 2020. O modelo manterá a tração integral do cupê, mas usará um trem de força híbrido com um motor V8 a gasolina e um elétrico.

Fotos: arquivo Motor1.com e divulgação