Você solicita algum tipo de atendimento ou socorro pelo telefone de sua seguradora. Em pouco tempo, aparece um curioso Renault Twizy no horizonte, sem fazer barulho, para te atender. Esta é uma realidade para os clientes da Porto Seguro desde a última terça-feira (25), quando 16 unidades do elétrico da Renault começaram a operar na frota da empresa.
O investimento vem ao encontro com a proposta da companhia, que já utiliza motos e bicicletas elétricas para atendimentos (além de transporte público, quando possível). Segundo a Porto, além dos meios elétricos não emitirem poluentes, há a praticidade de ter um veículo menor nas ruas, principalmente para uso no trânsito e na hora de estacionar. Cada um deles (moto, bicicleta e Twizy) atende uma proposta e se complementam. Modelos a combustão ainda são usados em alguns casos, como caminhões plataforma e picapes 4x4.
A Renault já fornece modelos elétricos para algumas empresas, como o Kangoo para a FedEx e os Twizy que rodam na hidrelétrica de Itaipú. Curiosa é a classificação do pequeno carro, agora homologado para ser emplacado e rodar pelas ruas brasileiras: quadriciclo, mas que não exige a habilitação "A" e nem capacete por ter teto e cinto de segurança. Praticamente exclusivo no segmento.
As 16 unidades (8 para atendimento domiciliar e 8 para o automotivo) possuem apenas 1 lugar (versão Cargo), com a parte traseira destinada à caixa de ferramentas e um "starter", uma espécie de bateria para ligar os carros de clientes que ficarem sem carga. Rodamos com o carrinho nas proximidades da sede da Porto Seguro, em São Paulo.
Apesar de ter apenas 20 cv de potência, o motor é suficiente para rodar no trânsito da cidade. Ele parece bem prático pelo seu tamanho diminuto, mas a suspensão é um tanto dura para nossas ruas. Segundo a Renault, a autonomia é de, aproximadamente, 100 km, mas testes ainda serão feitos com os carros em uso para ver qual o real número em uso nas diversas situações. Para conduzi-los, 16 motoristas foram treinados pela Renault tecnicamente para operar os carros da melhor forma.
Por enquanto, os Twizy da Porto rodarão apenas em horário comercial, sendo recarregados nos centros automotivos da empresa (já que ele usa uma tomada normal, com 20 amperes, como de um ar-condicionado) e na sede de São Paulo durante à noite. Mas, com o tempo, sua utilização será ampliada a cada etapa do programa.
Segundo a Porto, o investimento nos 16 carros "se pagará" em aproximadamente 18 meses. Não se fala em valores, mas a própria Renault diz que, com a falta de incentivos fiscais, o Twizy não sai barato e, por isso, é complicado dizer se ele chegará ao público final algum dia. Tudo depende, por exemplo, do que o regime automotivo Rota 2030 tratará neste aspecto. Por enquanto, para ver um de perto, apenas quando seu carro quebrar ou um cano furar na sua casa.
Fotos: Divulgação e autor
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