Preferência dos consumidores mais puristas, as tradicionais transmissões manuais e os modernos câmbios de dupla embreagem não deverão durar muito tempo no mercado. Em entrevista concedida à revista australiana The Drive, o chefão da divisão M da BMW, Peter Quintus, confessou apostar no fim destas mecânicas em um futuro não muito distante, e no avanço das caixas automáticas convencionais como novo padrão para os próximos anos.
Na visão de Quintus, as chamadas DCTs estão perdendo vantagem e já não apresentam mais tantos benefícios quanto antes. "A vantagem das trocas de marchas mais rápidas desapareceu à medida que as transmissões automáticas ficaram melhores e mais inteligentes", disse. Atualmente há câmbios com 9 e até 10 marchas, com funcionamento tão ou até mais rápido que as automatizadas.
"É mais uma questão de quanto tempo a DCT tem de vida. Quanto tempo vai durar?", indagou. Quintus acredita que as caixas de dupla embreagem devem seguir em oferta por mais seis ou sete anos e que depois disso a indústria fará um retorno às transmissões convencionais com conversor de torque.
O mesmo vale para as manuais, que apresentam problemas de durabilidade dependendo da potência do motor. "O limite é na casa dos 450 cv e pouco mais de 60 kgfm de torque", afirmou. "Na verdade, nem tenho certeza de que os próximos M3 e M4 terão opção de câmbio manual", finalizou.
Fotos: divulgação
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