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Anfavea comemora números de março. Com cautela

Enfim, o mercado mostrou reação e fechou um mês com resultado positivo sobre 2016

Nissan Kicks na fábrica de Resende

Março trouxe boas notícias para o setor automotivo. Principalmente por conta das exportações, que cresceram em 64,6% quando comparadas com as de março de 2016 em termos de unidades. Em valores, foram 57,4% a mais de verdinhas quando os meses de março de 2017 e de 2016 são confrontados. O ano de 2017 teve o melhor trimestre da história em vendas ao exterior. Mas a Anfavea não comemora. Pelo menos não ainda.

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Para Antônio Megale, presidente da entidade, março teve uma confluência de fatores: um monte de dias úteis e vendas expressivas para empresas, que aproveitaram o mês para renovar suas frotas. Ele prevê, porém, que abril não será um mês tão bom. O número de dias úteis é menor em relação a março. De todo modo, já há sinais de recuperação. "A gente precisa ter alguns meses de crescimento para saber se conseguiremos reverter a tendência de queda. Por isso, as previsões para 2017 estão mantidas. Talvez no último trimestre do ano o crescimento seja mais expressivo, mas o do ano deve ser mesmo de 4%", disse Megale.

 

 

Em termos de produção, houve aumento de 17,1% de março em relação a fevereiro e de 18,1% se compararmos ao mesmo período do ano passado. O aumento de produção no primeiro trimestre foi de 24% em relação aos primeiros 3 meses de 2016. O nível de empregos, por outro lado, caiu 8,7%, algo que Megale explica como resultado dos esforços por mais produtividade. Em outras palavras, produzir mais com menos recursos, inclusive humanos.

Quando falamos em licenciamentos, março teve 38,9% a mais do que fevereiro e 10,5% em relação a março de 2016. Os investimentos, segundo o presidente da Anfavea, dependem das reformas que o governo prometeu, como a da previdência e a trabalhista. Se elas forem aprovadas, talvez a entidade comemore os números positivos sem tantos receios.

Fotos: divulgação

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