O tempo de vida de um carro é de cerca de sete anos. Às vezes um pouco mais, outras um pouco menos. Mas alguns modelos, seja por baixa aceitação, mudança ou por estratégia incorreta da marca, acabaram saindo do mercado antes da hora. Para ilustrar a situação, relembramos 10 carros que já foram vendidos no Brasil e se despediram muito cedo. Confira!
Lançado no Brasil em 2012, o Chevrolet Sonic era a aposta da marca para encarar Ford Fiesta, VW Polo e Fiat Punto. Sempre equipado com o motor 1.6 16V de 122 cv, o hatch compacto era importado do México. Por questões estratégicas e de cotas, ele acabou ficando no mercado somente até 2014. Em seu lugar, a GM usou as cotas para ampliar o espaço do SUV Tracker.
Importado pela CAOA, o Veloster chegou ao Brasil em 2011. O ousado visual cupê e a inovadora configuração de três portas fizeram do modelo a sensação do momento. A maior "mancha" ficou por conta do potência divulgada de 140 cv, extraídas do motor 1.6 16V que a importadora anunciava como sendo de injeção direta, mas que, na verdade, era o mesmo propulsor usado no HB20, com apenas 122 cv. Motivo de piadas, o cupê começou a despencar nas vendas até ter a sua importação suspensa em 2014.
Resgatando o nome de uma respeitada versão do Passat, o Volkswagen Pointer era mais uma tentativa da Autolatina no Brasil. O hatchback tinha apelo esportivo, quatro portas (para evitar concorrência com o primo Escort) e design limpo. Foi lançado em outubro de 1994, inicialmente nas versões CL e GL 1.8 de 88 cv e 2.0 de 116 cv. Depois viria a esportiva GTi 2.0 de 116 cv e 17,7 kgfm de torque máximo. Com o fim da joint-venture em 1996, tanto o Pointer quanto o Logus eram aposentados de vez.
Sucessor do Tipo, o Brava começou a ser produzido no Brasil em 1999. O hatchback ostentava um visual arrojado para a época e era vendido nas versões SX, ELX e HGT, sendo as primeiras equipadas com o motor 1.6 16V de 99 cv e 14,8 kgfm de torque (depois passou a 106 cv e 15,1 kgfm), enquanto o HGT vinha com o motor 1.75 16V de 132 cv e 16,7 kgfm. A chegada do Stilo, em 2002, anunciava que o fim estava próximo, mas o Brava ainda sobreviveria na versão de entrada. Só saiu do mercado de vez em 2003.
Sucessor do Clio Sedan, o Renault Symbol chegou ao Brasil em 2009 disponível em duas versões, ambas equipadas com o motor 1.6 16V de até 115 cv e câmbio manual de 5 marchas. Posicionado entre o Logan e Mégane, o sedã compacto se destacava pelo bom acabamento e um enorme porta-malas com capacidade para 506 litros.
O visual era contemporâneo, mas seguia o estilo "ame-o ou deixo-o", com muitos elementos que remetiam ao seu antecessor. Sofrendo concorrência interna com as versões mais caras do Logan, cada vez mais aceito no mercado, bem como os demais sedãs compactos, o Symbol nunca foi sucesso de vendas e acabou saindo de linha em 2013.
Baseado no Corsa e produzido pela Opel, o Chevrolet Tigra começou a ser importado para o Brasil nos últimos meses de 1998 e tinha duas opções de motores: 1.4 16V de 90 cv ou 1.6 16V de 106 cv. A elevação brusca do dólar no começo de 1999 foi um dos fatores que "mataram" o pequeno cupê e a importação foi cancelada poucos meses após a sua chegada.
Fruto da Autolatina (joint-venture formada por Volkswagen e Ford), o Apollo derivava do mesmo projeto do Ford Verona e chegou ao mercado em 1990. Equipado com o motor AP 1.8 de 93 cv e 16,1 kgfm de torque, o sedã de duas portas estava disponível nas versões GL, GLS e série especial VIP, e se diferenciava do irmão pelo design, acabamento interno, suspensão mais firme e relação de marchas mais curta. Como a maioria dos projetos da Autolatina, ficou pouco tempo no mercado, saindo de linha em 1992 para dar lugar ao Logus.
A primeira picape pequena da Peugeot em 110 anos de história da marca nasceu no Brasil e chegou ao mercado no primeiro semestre de 2010. Sem pretensões de dominar o segmento, o utilitário baseado no 207 apostava em quesitos como a boa dirigibilidade e capacidade de carga (a melhor da categoria). Equipada com o motor 1.4 8V de 82 cv de desempenho insuficiente, a picapinha da marca francesa teve uma fraca trajetória de vendas até sair de linha definitivamente em 2015.
Produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR), o utilitário esportivo da Nissan chegou ao mercado em 2003 na versão SE com motor 2.8 turbodiesel de 132 cv e 34,7 kgfm e tração 4x4. Tendo como principais rivais a Chevrolet Trailblazer e o Mitsubishi Pajero Sport, o X-Terra nunca desfrutou de boas vendas e acabou saindo de linha em 2008, com a chegada de uma nova geração da Frontier.
Lançado no Brasil em 2010, o Chevrolet Malibu era importado dos Estados Unidos e oferecido apenas na versão de topo LTZ. Posicionado entre o Vectra Sedan e Omega, o sedã grande era equipado com o motor 2.4 Ecotec a gasolina de 171 cv associado ao câmbio automático de 6 marchas. Encarava rivais como Ford Fusion, Honda Accord e Toyota Camry, mas nunca alcançou o sucesso de vendas do rival da Ford, importado do México e mais barato. Acabou sendo descontinuado para o nosso mercado pouco tempo depois, em 2012.
Fotos: divulgação e arquivo Motor1.com
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