Nesta semana, tivemos o anúncio da morte de dois carros. O Hyundai Tucson e o Golf com motor 1.6 teriam sido tirados de linha por suas fabricantes, segundo alguns sites. Ligamos respectivamente para Hyundai e para a Volkswagen e, nos dois casos, a resposta foi negativa. Oficialmente, eles continuam na ativa.
Não é raro que os fabricantes neguem que algum modelo saiu de linha enquanto seus estoques não se esgotam. Afinal, as unidades restantes ainda têm de encontrar compradores. Mesmo com descontos, fica difícil convencer os clientes a levar para casa um modelo com risco de se desvalorizar mais rapidamente. Se a saída de linha foi apurada junto a concessionários, como os sites que publicaram as notícias revelaram, os fabricantes têm argumentos convincentes para negá-las.
No caso da Hyundai, a desculpa para a falta do Tucson nas concessionárias é um ajuste de produção exigido pela fabricação do New Tucson e do ix35. Segundo a CAOA, que fabrica os três, o Tucson ainda vende uma quantidade boa demais para sair de linha. Em 2016, foram vendidos 11.208, segundo a Fenabrave. Uma média de 934 por mês. Mas só 161 saíram das concessionárias em janeiro e em dezembro do ano passado, uma coincidência de baixo volume. Em novembro, foram apenas 90. Se a coisa continuar desse jeito, e por mais que a marca negue, o destino da primeira geração do Tucson será mesmo a posteridade.
A Volkswagen diz que o Golf 1.6 não saiu e não sairá de linha porque ele é a opção mais em conta com câmbio automático, algo que o 1.0 TSI não oferece. Faz sentido, mas, quando se olha as vendas do Golf, elas foram de apenas 463 unidades em janeiro, 441 em dezembro e 579 em novembro.
O próprio Golf pode estar a perigo com esse volume de vendas, mas o motor não sairia de linha. Ele continuaria em uso em outros modelos da marca. Industrialmente falando, só faria sentido tirar a opção 1.6 de linha se ela não tivesse demanda quase nenhuma, para simplificar logística e produção.
Há não muito tempo, a Fiat também negou que fosse tirar de linha o Linea, o Bravo e a Idea, apesar de diversos relatos a respeito. O tempo provou que a história tinha fundamento, ainda que, nestes casos, ele sempre fará exatamente isso. É da natureza dos modelos sobreviver enquanto as vendas justificarem sua existência. No caso destes dois, vejamos se eles apresentam reação ou se decidem descansar. Em paz.
Montagem: Paulo Trindade sobre fotos de divulgação
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