Presidente da maior economia do mundo, é inevitável que Donald Trump seja o centro das atenções neste início de mandato. Já no primeiro dia útil após a posse, Trump assinou uma ordem executiva que retira os Estados Unidos da Trans Pacific Partnership, um acordo de livre comércio com 12 países do Oceano Pacífico, entre eles México, Chile, Austrália, Nova Zelândia Peru, Canadá e Cingapura.
Em sentido contrário ao das idéias de Trump, uma pesquisa conduzida pela Ann Arbor Center for Automotive Research concluiu que saída do acordo de livre comércio poderia desfazer empregos do setor automotivo para níveis semelhantes aos do final da Grande Recessão.
"Vamos implantar um imposto fronteiriço muito importante sobre o produto quando chegar", disse Trump. "Uma empresa que quer demitir todas as pessoas nos Estados Unidos e construir alguma fábrica em outro lugar, e depois acha que esse produto vai fluir pela fronteira para os Estados Unidos... Isso não vai acontecer".
Além da preocupação dos oposicionistas (democratas) e ambientalistas com os planos do presidente eleito de jogar por água abaixo as metas ambientais, Trump assinou nesta segunda-feira (23) uma ordem executiva afirmando a intenção de renegociar o NAFTA. Na prática, Trump deve acabar com o acordo, que visava eliminar as barreiras alfandegárias com os países vizinhos.
O fechamento de suas fronteiras não foi a única pauta do dia. Trump também se reuniu com dez executivos de grandes empresas norte-americanas, incluindo o CEO da Ford, Mark Fields, para uma reunião na Casa Branca, onde foram informados pelo próprio Trump sobre uma redução drástica na tributação e de até 75% na regulamentação - a maior preocupação dos empresários locais.
Como havia prometido durante a campanha, Trump garantiu o retorno de fábricas e mais empregos para o país, mas por outro lado, deixou claro que as empresas que investirem fora dos Estados Unidos serão penalizadas por isso.
Bastante produtiva, na opinião dos empresários, a reunião ainda teve a confirmação de que as empresas que operam dentro dos EUA poderiam se valer de um imposto corporativo de 15% a 20% (atualmente são 35,5%) - medida que ainda depende de aprovação no congresso.
Fotos: divulgação
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