Flagra! - Alpine A120, o Interlagos moderno, aparece em testes em frio intenso

Marca terá um estande próprio no Salão de Genebra, onde deverá revelar seu novo esportivo, o A120, que já está em pré-venda

Por: Gustavo Henrique Ruffo

21 Janeiro 2017 em 18:22

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Muitos designers brasileiros, como João Paulo Cunha Melo, já sonharam em trazer de volta à vida um clássico nacional, o Willys Interlagos. E começaram a conversar com a Renault para realizar o sonho, mas a coisa não seguiu adiante. Talvez, e só talvez, porque a própria Renault tivesse outros planos para a Alpine. A marca francesa deve renascer das cinzas no próximo Salão de Genebra, em março, e seu primeiro rebento será um parente próximo do Interlagos, o A120. Este cara que você vê bem mal disfarçado rodando em recantos gelados do planeta, em testes de baixa temperatura.

Inspirado no A110 (o Interlagos se baseava em outro modelo, o A108), o novo esportivo mira modelos como o Porsche 718 Cayman e mesmo cupês mais em conta, mas igualmente bons de dirigir, como o Mazda MX-5 Miata RF. Ele já está em pré-venda, com um valor de reserva de 2.000 euros e um preço final que deve ficar entre 55.000 euros e 60.000 euros. Pelo menos pela Première Edition, que será item de colecionador, limitada a 1.955 unidades, uma referência ao ano de fundação da marca.

As provas de que as coisas estão andando rápido não se resumem a nosso flagrante, mas também ao vídeo que a própria Alpine divulgou com a carroceria do esportivo. Toda de alumínio.

Com motor dianteiro e tração traseira, o novo A120 deve usar um motor 1.8 turbinado a gasolina com em torno de 250 cv. Uma versão ainda mais apimentada, com cerca de 300 cv, pode até receber tração nas quatro rodas. Ainda que não seja nada de outro mundo, a potência será suficiente para o peso em ordem de marcha do modelo, que não deve passar dos 1.000 kg. Com o motor "mais fraco", ele deverá ir de 0 a 100 km/h em cerca de 4,5 s.

Além do cupê, a Alpine também deverá oferecer um SUV de proposta esportiva, como o Alfa Romeo Stelvio. A estratégia é clara: enquanto o primeiro reforça as raízes esportivas da marca, o segundo paga as contas. E ela tem se mostrado acertada, mostrando os resultados pretendidos em todas as marcas que a aplicam atualmente.