Pela primeira vez na história, a Mercedes-Benz encerrou um ano vendendo mais de dois milhões de veículos. Foram 2.083.888 unidades em 2016, um crescimento de 11,3% sobre 2015. Este foi o sexto ano consecutivo de recorde para a marca alemã.
Com isso, a Mercedes-Benz assumiu a liderança global do mercado premium, fato que não acontecia desde 2004, quatro anos antes da meta prevista (2020). Desde 2013, a marca de Stuttgart cresce acima dos 10% anuais. Somente em dezembro, 46º mês seguido em alta (+6,8%), foram 190.269 unidades.
Além da liderança global, a marca de Stuttgart também foi a preferida em mercados como Alemanha, Itália, Portugal, Coreia do Sul, Austrália, Canadá e EUA.
Maior mercado em um único país para a Mercedes, a China respondeu por 472.844 unidades, 26,6% a mais do que em 2015. Na Europa, foram 898.234 unidades (+12,4%), das quais 293.209 unidades apenas em seu país natal (+7,2%). Já nos EUA, as vendas chegaram a 340.237 unidades, apenas 0,6% acima do ano anterior.
Com mais de 425 mil unidades, o Classe C (versões sedã e station) manteve o posto de best-seller da marca. A linha de compactos (A, B, CLA e GLA), em alta de 9,3%, contribuiu com 636.903 unidades. Com vendas iniciadas em abril passado, a nova geração do Classe E emplacou mais de 250 mil unidades, alta de 8%.
O destaque, no entanto, coube à linha de SUVs, que ultrapassou a barreira de 700 mil unidades vendidas (+34,3%) - o veterano Classe G, por exemplo, conquistou mais de 20 mil clientes no ano passado, seu novo recorde de vendas. A AMG também comemorou: foram vendidos quase 100 mil veículos da grife esportiva, um aumento superior a 44%.
Líder global desde 2005, a BMW foi superada pela Mercedes, mas os resultados de 2016 foram expressivos. Assim como a arquirrival, a marca de Munique também superou pela primeira vez a barreira de dois milhões de veículos vendidos em um ano (2.003.359, +5,2%).
Deste total, cerca de um terço das vendas foi de SUVs. Ao todo, 644.992 unidades da família X (X1, X3, X4, X5 e X6) deixaram as concessionárias da BMW no ano passado, número 22,3% superior ao de 2015.
Top de linha da marca, o Série 7 encerrou 2016 com alta de 69,2% graças às 61.514 unidades comercializadas. A Série 2, com 196.183 unidades, também cresceu de maneira consistente (+24,8%). Por fim, a BMW emplacou aproximadamente 62 mil unidades somente de veículos elétricos.
Repetindo a terceira posição global de 2015, a Audi conquistou a preferência de 1.871.350 clientes em 2016, um crescimento de 3,8% na comparação com o ano anterior. Em dezembro, no entanto, a marca registrou retração de 0,6%, quando emplacou 157.450 unidades.
Na Europa, onde liderou a disputa com as rivais alemãs até 2015, a Audi registrou alta de 7,6% nas vendas, com 860.600 unidades, das quais 293.307 unidades na Alemanha (+8,6%). Mas foi a Espanha, com 51.879 unidades, a responsável pela maior evolução no Velho Continente (+16,4%).
A China, mercado mais importante para a Audi, totalizou 591.554 unidades (+3,6%), suficientes para mantê-la à frente das rivais no país que mais vende carros no mundo. Nos EUA, onde emplacou 210.213 unidades, a marca foi a única entre as premium a registrar um crescimento significativo (+4%).
Por modelos, o destaque do ano foi o novo A4, que emplacou 337.550 unidades, alta de 7,6%. Introduzida no ano passado, a nova geração do Q7 também brilhou, emplacando mais de cem mil unidades pela primeira vez (+43,6%).
Os números globais da Lexus em 2016 ainda não foram oficialmente divulgados, mas a japonesa dificilmente perderá o posto de melhor “não-alemã” da lista – em 2015, foram cerca de 652 mil unidades, número que poderá ser maior se tomarmos por base as 319.275 unidades vendidas no 1º semestre passado, 5% superior aos seis primeiros meses de 2015.
Somente nos EUA, mercado mais importante para a marca e onde os números de 2016 já foram divulgados, os consumidores adquiriram 331.228 veículos. É um número só inferior ao de 2015 (344.601). O destaque foi o RX: SUV premium preferido dos norte-americanos, o modelo cresceu 9% ao emplacar 109.435 unidades.
A Volvo registrou recorde de vendas pelo terceiro ano seguido. Em 2016, a sueca foi a preferida por 534.332 consumidores, 6,2% a mais do que em 2015 (503.127). O ótimo desempenho foi impulsionado por um sólido crescimento em todos as principais regiões, incluindo altas na casa de dois dígitos na China e nos Estados Unidos, seus dois maiores mercados.
No gigante asiático, a Volvo emplacou 90.930 unidades, 11,5% acima do total do ano anterior. Já nos EUA, a alta foi ainda maior (+18,1%), com 82.726 carros comercializados, onde os SUVs da marca foram os campeões de vendas.
Na Europa, o avanço da Volvo foi de 4,1%, com 206.144 unidades, impulsionada pelo forte desempenho em mercados-chave como Alemanha, Reino Unido, França e Itália. Já na Suécia, seu país de origem, as 70.268 unidades representaram uma retração de 1,3%.
O campeão de vendas da marca foi o XC60. Lançado em 2008, o SUV respondeu por 161.092 unidades, seu novo recorde. O V40, com 101.380 unidades, foi o segundo, enquanto o XC90 (91.522), avançando 125,3% em relação a 2015, completou o pódio.
Pelo segundo ano seguido ultrapassando a barreira das 400 mil unidades, a Land Rover (434.582) fechou 2016 com uma evolução de 8% em relação a 2015 (403.079).
Este resultado só foi possível graças ao Discovery Sport (122.460), cujas vendas cresceram 76% no período. Segundo modelo mais vendido, o Range Rover Evoque (112.486) cresceu 4%, três pontos percentuais a mais do que o Range Rover Sport (87.758), terceiro.
O veterano Defender, em fim de carreira, vendeu apenas 6.708 unidades. Em baixa de 7%, o Range Rover vendeu 55.728 unidades, enquanto o Discovery (49.428), ainda em geração anterior, perdeu 3%.
No ano passado, a MINI também comemorou seu novo recorde de vendas. A marca inglesa, que pertence ao Grupo BMW, encerrou 2016 com 360.233 veículos comercializados, alta de 6,4% em relação a 2015.
Os modelos Cabrio e Clubman impulsionaram a alta da marca. Com a introdução em 2017 do novo Countryman, um de seus modelos mais importantes, a MINI acredita que o crescimento será ainda maior ao longo de 2017.
Com 237.778 veículos novos comercializados no ano passado, 6% a mais do que em 2015, a Porsche, maior fabricante mundial de veículos esportivos, assegurou seu melhor resultado em todos os tempos. O desempenho nos EUA, na China e na Europa foram os grandes impulsionadores da alta.
No mercado norte-americano, a alemã emplacou 54.280 unidades (+5%), enquanto na Europa foram 78.975 unidades (+5%), das quais 29.247 unidades apenas na Alemanha (+1%). Mas foi a China o grande destaque: maior mercado para a marca, por lá foram comercializadas 65.246 unidades (+12%).
O Macan foi o campeão de vendas da Porsche, com 95.642 unidades – 19% a mais do que em 2015. O icônico 911, em alta de 2%, emplacou 32.409 unidades. Já o 718 Boxster, cujas vendas cresceram 9%, foi o preferido por 12.848 clientes.
Veio do Reino Unido o crescimento mais expressivo do ano passado. Com 148.730 unidades, a Jaguar cresceu impressionantes 77% na comparação com 2015 (83.986) – foram 16.349 unidades somente em dezembro, quase o dobro do ano anterior (+95%). Essa evolução, no entanto, foi capitaneada por apenas dois modelos.
Novidade na linha da marca, o SUV F-Pace encerrou seu primeiro ano no mercado com 45.973 unidades e, de cara, se tornou o modelo mais importante da Jaguar. Já o sedã XE, em seu primeiro ano cheio, conquistou 44.096 clientes.
O XF (36.544), modelo mais vendido em 2015, avançou 2%, enquanto o F-Type (10.799), principal esportivo da marca, recuou 7%. O top de linha XJ, com 11.315 unidades, perdeu ainda mais espaço (-10%).
Com 11.857 unidades, a BMW foi a marca premium nº 1 no país no ano passado. A vantagem em relação à Audi (11.599) e à Mercedes (11.301) foi bem pequena, no entanto. A Jaguar, com alta de 53,4% em relação a 2015, registrou a maior evolução no período. Confira agora um resumo de cada marca em 2016:
BMW
Em 2016: 11.857 unidades, queda de 25,2% (2015: 15.852)
Mais vendidos: Série 3 (3.824), X1 (3.443) e Série 1 (1.032)
Destaque: X1 cada vez mais próximo do líder Série 3.
Audi
Em 2016: 11.599 unidades, queda de 33,9% (2015: 17.540)
Mais vendidos: Q3 (4.369), A3 Sedan (3.683) e A4 (956)
Destaque: A3 Sedan perdendo espaço para o Q3.
Mercedes-Benz
Em 2016: 11.301 unidades, queda de 35,5% (2015: 17.513)
Mais vendidos: Classe C (4.485), GLA (3.309) e CLA (750)
Destaque: Classe C como premium mais vendido do país no ano passado.
Land Rover
Em 2016: 6.688 unidades, queda de 24,1% (2015: 8.814)
Mais vendidos: Discovery Sport (3.466), Evoque (1.612) e Range Rover Sport (706)
Destaque: Discovery Sport responsável por mais da metade das vendas da marca inglesa.
Volvo
Em 2016: 3.454 unidades, queda de 9,4% (2015: 3.811)
Mais vendidos: XC60 (2.144), V40 (496) e XC90 (434)
Destaque: XC90, em alta de 340% graças à nova geração.
Mini
Em 2016: 1.435 unidades, queda de 27,9% (2015: 1.990)
Mais vendidos: Cooper S (372), Cooper S Countryman (338) e Cooper S 5p (280)
Destaque: Versão Countryman cada vez mais próxima da clássica Cooper S.
Porsche
Em 2016: 997 unidades, alta de 36,2% (2015: 732)
Mais vendidos: Macan (346), Cayenne (336) e 911 (141)
Destaque: Linha de SUVs representando quase 70% das vendas da alemã.
Jaguar
Em 2016: 787 unidades, alta de 53,4% (2015: 513)
Mais vendidos: XE / XE S (470), F-Pace (188) e XF / XF R (102)
Destaque: SUV F-Pace, vice-líder em seu ano de estreia.
Lexus
Em 2016: 453 unidades, alta de 13% (2015: 401)
Mais vendidos: NX200t (282), CT200h (81) e ES350 (44)
Destaque: NX200t, responsável por mais de 62% das vendas da marca.
Fotos: divulgação/arquivo Motor1.com
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