As pilhas de combustível conseguiram realizar um feito inédito: uniram marcas como Toyota, Daimler, BMW, Honda, Hyundai e Kawasaki em torno de um objetivo comum. E essa meta é tornar o hidrogênio uma fonte de energia viável em todo o mundo. O gás é o principal elemento das pilhas de combustível, que o convertem em água e em energia elétrica por um processo inverso ao da eletrólise. E o meio de ajudar a materializar tanto a viabilidade do gás quanto as pilhas de combustível é o Hydrogen Council, reunido pela primeira vez na terça (17), em Davos, na Suíça.
O objetivo do conselho é facilitar a transição dos motores a combustão para os elétricos com pilhas a combustível. O primeiro deles a ser colocado à venda foi o Toyota Mirai, mas a Honda, com o Clarity, a Hyundai, com o ix35 FCV, e a Daimler, com diversos protótipos, perseguem a mesma ideia há muitos anos. O grande problema é o custo do quilo do hidrogênio, que teria de cair, e o das próprias pilhas, que usam metais nobres em sua composição.
Uma forma de permitir que isso aconteça é criar uma rede de empresas comprometidas com a solução. Afinal de contas, que fornecedores investirão na tecnologia sem ter a certeza de que venderão para pelo menos alguns fabricantes? Que empresas de energia colocarão dinheiro da produção de hidrogênio sem a certeza de que haverá veículos suficientes para consumi-lo? O conselho vem para criar essa rede de segurança e acelerar a adoção da nova tecnologia.
Fazem parte da iniciativa 13 empresas: Air Liquide, Alstom, Anglo American, BMW, Daimler, ENGIE, Honda, Hyundai, Kawasaki, Royal Dutch Shell, The Linde Group, Total e Toyota. O Hydrogen Council será controlado por dois presidentes, um de cada uma destas empresas, sempre em diferentes regiões e setores. A primeira presidência será dividida pela Air Liquide e pela Toyota.
O primeiro compromisso do conselho é acelerar os investimentos no desenvolvimento e na comercialização do hidrogênio, bem como no das pilhas a combustível. Hoje, o investimento global nestas tecnologias é de 1,4 bilhão de euros por ano. Uma verdadeira merreca se você levar em consideração que isso é o que se gasta no desenvolvimento de dois novos modelos de carros, se tanto. Veremos em breve um salto violento na aplicação tanto do hidrogênio quanto das pilhas em automóveis, pode apostar.
Fotos: divulgação
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