Há 50 anos, um importador da Skoda na Nova Zelândia percebeu que precisava vender um SUV com urgência naquele mercado. Havia demanda, mas ninguém que pudesse atendê-la. Foi assim que Philip Andrews, da Motor Lines, criou o Trekka, um SUV com plataforma de Skoda Octavia que parecia muito com o Land Rover Defender, mas que não chegava nem perto dele em capacidade fora-de-estrada.
A bem da verdade, o Trekka nem era Skoda. Ele era um produto da Motor Lines, que posteriormente passou a se chamar Motor Holdings, mas isso não impediu a marca de adotá-lo como seu para dizer que o Kodiaq, seu novíssimo SUV, teve um antecessor espiritual. Honestamente, o Kodiaq não precisará disso para fazer sucesso nos mercados em que for vendido. O projeto era de Peter Risbridge, um engenheiro de Kawerau.
O Trekka tinha 3,59 m de comprimento, 1,60 m de largura, alturas que variavam de 1,79 m a 2,04 m e um entre-eixos de apenas 2,40 m. A variação de altura se deve a suas carrocerias, picape ou SUV, com capota rígida ou removível. Seu motor era um 1,2-litro de 4 cilindros com 47 cv a 4.500 rpm e 8,9 kgfm a 3.000 rpm. Aparentemente pouco, mas o modelo pesava entre 920 kg e 980 kg. Como ele podia levar até 500 kg, a coisa podia complicar um pouco. O câmbio era um manual de 4 marchas.
Suas chapas de aço eram moldadas à mão, o que explica o ritmo de produção de apenas 6 unidades por dia (e até surpreeende que fossem feitos tantos). Apresentado em 2 de dezembro de 1966, ele começou a ser vendido em 1967 e teve sua produção interrompida em 1973, após cerca de 2.500 unidades produzidas.
Fotos: divulgação
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