Famoso pelas conquistas nas pistas, o motor de 5-cilindros da Audi está completando 40 anos. Tudo começou em 1976, na segunda geração do sedã Audi 100, após anos de pesquisa em busca de novas alternativas que ficassem acima dos 4-cilindros em versões mais caras. Se o 6-cilindros em linha era grande e pesado demais, o que prejudicaria a distribuição de peso, o "5 bocas" foi a melhor escolha.
Inicialmente, o Audi 100 recebeu um 2.1 carburado com 136 cv, que em 1977 ganhou injeção eletrônica, mais economia e potência. No ano seguinte, foi a vez do 2.0 diesel, sem turbo, com 70 cv. Apenas em 1979 que o 5-cilindros recebeu o turbocompressor, resultando em 170 cv.
A brincadeira começa a ficar séria em 1980, quando o Audi Quattro entrou em ação. O 5-cilindros recebe, além do turbo, intercooler e 200 cv, e a tração é integral. Com base neste carro, surgiu o Sport quattro, que era 24 cm menor e possuía 360 cv de potência, um dos mais potentes carros de rua da época. Ele serviu como homologação do carro do Grupo B, famosa - e mortal - categoria do WRC, com 450 cv e ajudou a marca a conquistar diversos títulos. Ainda nas competições, com 598 cv, conquistou o Pikes Peak em 1987.
O tempo passou. Foi o primeiro turbodiesel controlado eletronicamente, equipou a primeira perua esportiva, a RS2 com 315 cv em 1994 e hoje ainda está em linha no TT RS. Com 400 cv, possui injeção direta de combustível e turbo. No Brasil, esta configuração ficou famosa no Volkswagen Jetta 2.5, da geração anterior, com 150 cv e 170 cv, aspirados.
Fotos: Audi (divulgação)
Galeria: Do Audi 100 ao novo TT RS, motor 5-cilindros da marca completa 40 anos