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Volta rápida: KTM Duke 390 é a intermediária que faltava

Volta rápida: KTM Duke 390 é a intermediária que faltava

Volta rápida: KTM Duke 390 é a intermediária que faltava
Volta rápida: KTM Duke 390 é a intermediária que faltava
Enfim acabou o buraco que havia entre as motos de 300 e 500 cc no mercado brasileiro. E a responsável por ocupar esse nicho é uma austríaca cheia de estilo: Duke 390, a aposta mais forte da KTM desde que a marca voltou ao Brasil - desta vez com representação oficial. A motoca é uma mistura de naked e motard de baixo peso, que promete uma tocada pra lá de divertida na cidade. E, custando R$ 21.990 já com ABS, será uma séria alternativa às pequenas esportivas Kawasaki Ninja 300 e Yamaha R3 (esta também recém-lançada).

O que é?

Desenvolvida na Áustria e produzida nas instalações da Bajaj (que detém 48% das ações da empresa) em Pune, na Índia, a Duke 390 passa a ser montada em regime de CKD na unidade da Dafra em Manaus (AM). Achou confuso? Bem, digamos que se trata de uma moto global. Mas o importante é que o projeto da pequena moto segue à risca o conceito Ready to Race da KTM, ou seja, tem proposta esportiva mesmo sem um motor de alta cilindrada.
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Um dos desafios da KTM em nosso mercado será mostrar que a Duke não é uma simples "390", mas sem gourmetizar o modelo. Além do óbvio destaque pelo design arrojado, com direito a rodas e chassi pintados de laranja e carenagem toda cheia de recortes, a moto tem diversos atrativos: motor, freios, suspensão e tocada são das melhores que você encontra por esse preço.
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O motor é um monocilíndrico de 375 cc com refrigeração líquida e duplo comando de válvulas no cabeçote, que tem como destaques o pistão forjado e as paredes do cilindro com revestimento nikasil para redução de atrito. O resultado é uma potência de expressivos 44 cv (2 cv a mais que bicilíndrico de 320 cc da Yamaha R3) e um bom torque de 3,57 kgfm a 7.250 rpm. O quadro é de treliça de aço com balança de alumínio, ajudando a reduzir o peso total, enquanto as suspensões são WP com garfos invertidos na dianteira e monoamortecedor na traseira - ambas com curso longo (150 mm). Para concluir, os freios são a disco nas duas rodas desenvolvidos pela Brembo, com diâmetro de 300 mm na frente e ABS de dois canais da Bosch (que pode ser desligado para condução esportiva).
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Também vale observar o capricho nos detalhes, como o acabamento dos punhos, carenagem do tanque com a parte preta onde acomodamos os joelhos (para não riscar) e até mesmo as braçadeiras plásticas na cor laranja, para não destoar da pintura do chassi. Já o painel é bonito e bem completo, mas muito reduzido pela quantidade de informações, prejudicando a leitura.

Como anda?

Pela descrição técnica, confesso que já esperava por uma moto pequena no tamanho e grande na diversão. E não me decepcionei! A primeira impressão ao montá-la é de total domínio e confiança, por conta da baixa altura do banco (800 mm) e principalmente do baixíssimo peso de 150 kg em ordem de marcha.
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Dada a partida, o motor emite aquele "toc toc" típico de monocilíndrico e vibra um pouco, mas nada que tire o prazer de acelerar e senti-lo ganhar giros com vontade, empurrando a motinho com vontade desde baixas rotações. O câmbio também é bastante macio no acionamento da embreagem e suave no engate das marchas, ajudando na pilotagem. No fim da curta reta principal era possível passar dos 100 km/h.
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O mais legal, porém, é a leveza de tocada e a suspensão de curso longo, que devem fazer da Duke 390 uma verdadeira capetinha na cidade - a verificar numa futura avaliação completa. No travado circuito do kartódromo de Nova Odessa (SP), onde ocorreu o test-ride, foi possível notar que a nova KTM é excelente parceira para acelerar, frear e contornar curvinhas apertadas. Mesmo nas manobras de zigue-zague ela revelou uma pilotagem muito fácil, além de ter boa força para retomadas. Também gostei bastante dos freios, com resposta efetiva sem serem abruptos na alicatada inicial. Só sei que em algumas voltas já me senti completamente "em casa" e logo estava chegando na frenagem principal, ao fim da reta, com a traseira escorregando.
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O opção de desligar o ABS é feita por um botão meio oculto no painel (uma parte macia sob o plástico de acabamento, no lado esquerdo da peça). Desativei só para ver como era e dar uma volta, mas para a maioria dos mortais não vale a pena - é coisa para piloto experiente fazer em pista de corrida para ganhar tempo. Pontos negativos? Bem, a posição de pilotagem é bastante esportiva, com a pedaleira recuada, e precisamos ver se ela não cansará em uso prolongado. Mas o que eu mudaria, mesmo, é o painel. Com visor reduzido, as informações são difíceis de ler rapidamente, e o conta-giros por barrinha é quase invisível, de modo que eu trocava as marchas mais pela luz de troca (shift-light vermelho) que acende no alto do painel do que pela observação do tacômetro. Também estou curioso para ver como será o conforto do garupa, mas ao menos o banco parece razoável e há alças para segurar.
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Quanto custa?

Para uma moto pequena, o preço de R$ 21.990 pode assustar à primeira vista. Mas na verdade a Duke 390 está muito mais para o nível de uma Honda CB 500 do que para uma CB 300, apesar do motor de 375 cc. Também é preciso considerar o ABS como item de série e o acabamento e o visual mais refinados. Desta forma, a KTM terá um bom trabalho de divulgação pela frente. Se o consumidor entender o que é a moto, certamente vai achar o preço bem inserido na categoria. Ainda mais porque, analisando friamente, não existe uma pequena motard para competir com a Duke. As rivais que mais se aproximam em preço são as Kawasakis Z300 (naked) e Ninja 300 (esportiva), e a Yamaha R3 (também esportiva).
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Também vale celebrar a chegada de mais uma marca de qualidade ao Brasil, e agora com um produto mais acessível. Para ajudar na capilaridade da rede, a KTM escolheu algumas revendas da Dafra nas principais capitais para operação conjunta (além das lojas exclusivas), com espaço especial dedicado à empresa austríaca. Uma boa medida, ainda mais sabendo que o próximo lançamento da marca será a Duke 200, prevista para setembro, com preço estimado na faixa dos R$ 17 mil. Por Daniel Messeder, de Nova Odessa (SP) Fotos: Divulgação KTM

Ficha técnica: KTM Duke 390

Motor: monocilíndrico, 4 válvulas por cilindro, 375 cm3, injeção eletrônica, gasolina, refrigeração líquida; Potência: 44 cv a 9.500 rpm; Torque: 3,57 kgfm a 7.250 rpm; Transmissão:câmbio de seis marchas, transmissão por corrente; Quadro: treliça de aço, pintura eletrostática; Suspensão: garfo telescópico WP na dianteira de 43 mm (150 mm de curso) e balança monoamortecida (150 mm de curso) na traseira; Freios: disco na dianteira (300 mm) e na traseira (230 mm), com ABS Bosch de dois canais; Pneus: 110/70 aro 17" na dianteira e 150/60 aro 17" na traseira; Peso: 150 kg; Capacidades: tanque 11 litros; Dimensões: comprimento 2.145 mm, largura 760 mm, altura N/D, altura do assento 800 mm, entreeixos 1.367 mm

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