De acordo com a Honda, o mix de produção do HR-V brasileiro prevê que 99% das unidades sejam equipadas com a transmissão automática do tipo CVT, restando irrisório 1% do modelo com câmbio manual. Ou seja, se imaginarmos que o novo crossover alcance sua meta de vendas, de 5 mil emplacamentos mensais, somente 50 dos HR-V vendidos por mês terão câmbio manual - o que particularmente consideramos uma pena, dada a boa expectativa sobre o funcionamento desta transmissão de seis marchas em conjunto com o motor 1.8 16V i-VTEC - mesmo powertrain do Civic LXS.
Disponível apenas na versão básica, a LX, o HR-V manual realmente tem poucas chances de conquistar o cliente. Encontramos uma unidade deste modelo numa concessionária da capital paulista, e o que vimos foi um carro bastante simples. Por fora, ele tem rodas aro 17" com calotas (não precisava, né, Honda?) e não tem faróis de neblina. Por dentro, o acabamento e a montagem são de bom nível, mas o volante é um tanto espartano (só tem os comandos de atender e desligar o telefone pelo Bluetooth), os bancos são forrados com tecido áspero e o rádio é de um modelo que poderia estar num carro bem mais barato.
Ao menos o HR-V de entrada mantém o freio de estacionamento elétrico, por botão, o conjunto elétrico e o controle de estabilidade, além do genial sistema de rebatimento dos bancos ULT. Falando do câmbio, a alavanca é pequena, com engate curtinho, e parece bem agradável de manejar. O preço do modelo exposto era de R$ 71.100, sendo os R$ 69.900 do valor de tabela e os R$ 1.200 da pintura metálica (prata, no caso). Se talvez estivesse disponível numa versão mais equipada, como a EX, quem sabe o crossover manual pudesse representar pelo menos uns 5% da produção? Bom, a Honda não deve estar muito preocupada com isso, pois o HR-V já bateu os rivais na venda diária de março, atingindo a terceira colocação do segmento com apenas 11 dias de lojas.
Texto e fotos: Daniel MessederGaleria: Honda HR-V LX manual
Galeria: Ele existe! Encontramos o Honda HR-V manual à venda