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Avaliação: nova Honda Bros 160 reage à Yamaha Crosser 150

Avaliação: nova Honda Bros 160 reage à Yamaha Crosser 150

Avaliação: nova Honda Bros 160 reage à Yamaha Crosser 150
Versatilidade é o que muitas pessoas buscam quando vão comprar uma moto de baixa cilindrada. Esta avaliação envolvendo as "pequenas notáveis" Yamaha Crosser 150 e Honda Bros 160 toca exatamente neste ponto. Ambas as motos contam com as qualidades múltiplas da proposta dupla on/off road, ou seja, são capazes de rodar no asfalto e também podem ser usadas ocasionalmente para se aventurar, de leve, em terrenos mais acidentados. Depois de responder à Yamaha Fazer 150 com a CG 150 Titan equipada com freios combinados (veja o comparativo), a Honda reagiu ao lançamento da Crosser 150 com a nova Bros vitaminada pelo motor de 160 cilindradas. A marca da asa, porém, manteve sua postura conservadora: mesmo trazendo inclusive um novo chassi, a Bros 160 lembra muito a antiga 150 no estilo, nem parecendo uma moto nova de verdade. E o design dela fica ainda mais careta quando a colocamos ao lado da Crosser 150, com visual inovador e agressivo, e paramos para compará-las. A Yamaha também leva vantagem, além do design, no painel de instrumentos, mais completo e com melhor visualização, com conta-giros (analógico) e indicador de marchas, que não existem na nova Honda. A Bros 160 recebeu painel digital semelhante ao da CG 150, bem melhor que o antigo, mas ainda assim aquém ao da rival. Ao menos ela vem com relógio digital, que faz falta na Crosser.
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Outro ponto negativo para a Bros aparece no retrovisor, que tem a haste muito mole e "boba", saindo da posição desejada com muita facilidade ao enfrentar o vento. Também incomoda o cabo do freio dianteiro passando bem no campo de visão do condutor ao olhar para o painel. No que diz respeito à iluminação, os faróis de ambos os modelos não deixam a desejar, atuando de forma satisfatória. Mas a Honda persiste nos comandos diferentes do punho esquerdo: temos o incômodo dos botões de buzina e seta invertidos em relação às motos de outras marcas. Na hora de rodar, ambas as motos são muito ágeis e fáceis de pilotar, já que são muito leves (120 kg) e têm uma suspensão bastante confortável. Logo de cara a Honda faz valer seu novo motor 160, mais forte, apresentando saídas mais rápidas que a Crosser nos semáforos, e retomando a velocidade com mais vigor. Vale citar também que os engates do câmbio na Bros 160 são ligeiramente mais suaves que os da Crosser 150.
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Enquanto a Yamaha declara que seu motor de exatas 149,3 cc entrega 12,2 cv de potência a 7.500 rpm (12,4 cv com etanol) e torque de 1,28 kgfm a 6.000 rpm (1,29 kgfm no etanol), medidos na roda, a Honda divulga 14,5 cv a 8.500 rpm (14,7 cv com etanol) e torque de 1,46 kgfm a  5.500 rpm (1,6 kgfm com etanol) medidos no propulsor de 162,7 cilindradas.
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Pegando a estrada durante a avaliação, as pequenas on/off andaram curiosamente juntas, apesar de a Bros ter mais motor. Culpa, talvez, do para-lama alto da Honda, que segue estilo off-road e acaba atuando como freio aerodinâmico em velocidade de cruzeiro. De todo modo, ambas se mostram limitadas para viagens, atingindo 120 km/h no painel com certa dificuldade. Quando aparecem subidas, então, é melhor reduzir a marcha para não perder ainda mais o fôlego.
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Mesmo tendo o banco mais largo, a Bros possui a espuma mais dura, causando ligeiro incômodo, seja em trajetos mais longos ou curtos, em relação à Crosser.  A Yamaha também proporciona melhor posição de pilotagem, deixando o motociclista mais confortável, encaixado, graças também ao guidão mais alto (que ainda pode ser ajustado em duas posições nesta versão ED). A pequena trail da marca dos diapasões também ganha pontos positivos com aqueles de estatura mais baixa, com a altura do assento de 836 mm, contra os 842 mm da Honda.
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A suspensão da Honda NXR, muito macia especialmente na dianteira, não transmite a mesma confiança que a da Yamaha XTZ, mais firme e melhor acertada para a cidade, como pudemos perceber durante a avaliação. Na Bros a frente afunda mais acentuadamente nas frenagens e o conjunto balança mais nas curvas, tendo a Crosser melhor dirigibilidade no asfalto, com bom equilíbrio entre absorção de impactos e estabilidade. A Honda vai bem nos buracos, mas nem tanto em curvas rápidas. Já quando o assunto é freio, aí a Bros ganha de lavada: equipada com freios a disco nas rodas dianteira e traseira (versão ESDD), a nova 160 passa muito mais segurança e estanca em menos espaço que a Crosser, equipada com disco na roda dianteira e tambor na traseira.
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Saindo um pouco do asfalto, é hora de realizar a avaliação das motocicletas na terra, em terreno mais acidentado. A Yamaha tem proposta mais urbana, mas agradou pelas marchas iniciais curtas, mostrando uma primeira mais forte para encarar subidas. A moto da Honda tem mais força, mas sua primeira marcha longa prejudica a performance nas ladeiras, exigindo alguma "queimada" na embreagem. A Bros absorve um pouco melhor os obstáculos, além de ter altura do solo superior, mas basicamente as duas chegariam ao mesmo lugar numa trilhinha.
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No que diz respeito ao consumo de combustível, os modelos avaliados pelo CARPLACE MOTO mostraram média equivalente. A Crosser registrou um consumo médio de 33,2 km/l com gasolina, pouca coisa melhor que a Bros, que teve média de 31,4 km/l com o mesmo combustível. Vale lembrar que ambas são flex, aceitando também serem abastecidas com etanol. No fim, as duas pequenas trail cumprem bem a função proposta: agradam pelo desempenho urbano, agilidade, praticidade e economia de combustível, com o "bônus" de alguma desenvoltura na terra. A Yamaha Crosser 150 é oferecida por R$ 9.350 na versão E (R$ 9.800 na ED, com freio a disco na roda dianteira). Já a Honda NXR 160 Bros tem preço sugerido de R$ 9.811 na versão ESD (R$ 10.127 na versão ESDD, com freio a disco nas duas rodas). Levando-se em conta o equilíbrio do comparativo e os preços semelhantes, a escolha entre elas é uma questão de prioridades: a nova Bros abre vantagem em motor, freios e câmbio, enquanto a Crosser dá o troco em estilo, suspensão e prazer de pilotagem. Qual a sua? Por Alexandre Ciszewski Fotos Rafael Munhoz Ficha técnica - Honda NXR 160 Bros  Motor: OHC, monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar, 162,7cc, injeção eletrônica, bicombustível; Potência: 14,5 cv a 8.500 rpm (gasolina) e 14,7 cv a 8.500 rpm (etanol); Torque: 1,46 kgfm a 5.500 rpm (gasolina) e 1,60 kgfm a 5.500 rpm (etanol); Transmissão: câmbio de cinco marchas, transmissão por corrente; Quadro: Berço semiduplo; Suspensão: Garfo telescópico (180 mm de curso na dianteira) e Monochoque na traseira (150,3 mm de curso); Freios: disco na dianteira (240 mm) e na traseira 220 mm na versão ESDD e tambor (110 mm) na ESD (240 mm); Rodas: 90/90 – 19M/C 52P na dianteira e 110/90 – 17M/C 60P na traseira; Peso: 120 kg (121 kg na ESDD); Capacidades: tanque 12 litros; Dimensões: comprimento 2.067 mm, largura 810 mm, altura 1.158 mm, altura do assento 842 mm, entre eixos 1.356 mm Ficha técnica – Yamaha XTZ 150 Crosser ED Motor: monocilíndrico, comando simples, 149,3 cm3, injeção eletrônica, flex, refrigeração a ar; Potência: 12,2/12,4 cv a 7.500 rpm; Torque: 1,28/1,29 kgfm a 6.000 rpm; Transmissão: câmbio de cinco marchas, transmissão por corrente; Quadro: Berço semi-duplo de aço; Suspensão: garfo telescópico na dianteira (180 mm de curso) e monoshock (156,5 mm de curso) na traseira; Freios: disco simples na dianteira (230 mm) e tambor na traseira (130 mm); Pneus: 90/90 aro 19 na dianteira e 110/90 aro 17 na traseira; Peso: 120 kg; Capacidades: tanque 12 litros; Dimensões: comprimento 2.050 mm, largura 830 mm, altura 1.140 mm, altura do assento 836 mm, entre-eixos 1.350 mm Agradecimento especial à Pousada dos Pescadores Veja a galeria de fotos da avaliação:

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