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Avaliação: Yamaha Crosser 150 é opção moderna e confortável para a cidade

Avaliação: Yamaha Crosser 150 é opção moderna e confortável para a cidade

Avaliação: Yamaha Crosser 150 é opção moderna e confortável para a cidade
A Yamaha demorou para combater a Honda entre as utilitárias de 150 cc, mas a espera parece ter valido a pena: a street Fazer 150 já aparece aos montes em São Paulo, e agora a pequena trail Crosser 150 tem tudo para seguir o sucesso da irmã. Uma motinho urbana moderna, com design bacana, motor valente e econômico, ótima ergonomia e ainda uma suspensão na medida para as condições precárias do nosso asfalto. Após uma rápida volta no QG da marca em Guarulhos (SP), agora CARPLACE MOTO agora pôde fazer uma avaliação completa com a novidade. O veredicto? Quem está de olho numa Honda Bros 150 vai coçar a cabeça...
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Para começar, temos o estilo. A Crosser exibe a imponência que se espera de uma trail, aliada a traços que fogem um pouco do convencional da categoria. Como destaques podemos citar o para-lama superior dianteiro vazado, como se fosse um gancho, e a traseira com um grande suporte para colocação de bagagens - ou futura instalação de baú. O tanque também é vistoso, com falsas tomadas de ar laterais que dão um aspecto esportivo à moto. Outra coisa legal é o tanque todo carenado, de forma que se você levar um "rola" pode apenas substituir as partes plásticas, sem necessidade de trocar o tanque de metal. No mais, a Yamaha parece ter aprendido com os erros da Ténéré 250 e criou uma rabeta bonita, que lembra a da Honda XRE 300, com a lanterna delgada e apoios para o garupa na cor prata, bem destacados. Por fim, a marca adotou piscas brancos, de aparência mais sofisticada que os laranjas da irmã de maior cilindrada.
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Além do visual, também apreciamos a qualidade e tato dos componentes, sem falar na montagem cuidadosa. De fato, não parece uma moto "de entrada", com comandos agradáveis e boa apresentação geral. A impressão positiva se completa com o painel bastante completo: traz conta-giros analógico em destaque e velocímetro digital, além do medidor de combustível, hodômetro total/parcial e até um indicador de marcha, sem falar na bonita iluminação vermelha. Em compensação, a iluminação do farol é apenas razoável e não há lampejador de facho alto.
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Mesmo sendo a moto avaliada na cor branca, que considero a cor mais "coxinha" das oferecidas para a Crosser (há um cinza escuro bem bonito e um laranja bem chamativo), não faltaram olhares de admiração e as tradicionais perguntas de semáforo fechado. "Aí sim, finalmente a Yamaha se mexeu", disse o dono de uma CG 125, que ainda perguntou se a Crosser arrancava bem. Como resposta, fiz questão de mostrar que ela pula fácil na frente das 125 que saíram no sinal verde, mesmo sem "enrolar o cabo". A Yamaha declara que seu novo motor de exatas 149,3 cc entrega 12,2/12,4 cv de potência a 7.500 rpm e torque de 1,28/1,29 kgfm a 6.000 rpm, mas diz que esses valores são medidos na roda, enquanto a concorrente declara no propulsor.
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De fato, a pilotagem somente com o condutor é bastante agradável. O motorzinho monocilíndrico é silencioso e gira macio, sem gerar vibrações incômodas mesmo em altas rotações. Para ajudar, o câmbio de cinco marchas revela engates precisos e macios, até surpreendentes em se tratando de uma Yamaha de baixa cilindrada - bem mais suaves que os da Ténéré 250, por exemplo. Aliás, gostei mais da Crosser do que da Ténéré na cidade: suspensão mais macia, câmbio mais dócil, menor altura do banco e, claro, o consumo melhor - além da opção de usar etanol graças ao sistema Blueflex da Yamaha, ainda não oferecido na trail 250. Durante nossa avaliação, a Crosser registrou média de 33,2 km/l com gasolina.
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Em movimento, o destaque fica para a suspensão. Apesar de não haver regulagem, os garfos dianteiros e a traseira com link (que ajuda a manter a roda em contato com o solo em desníveis) foram muito bem calibrados pela Yamaha: a Crosser atropela com facilidade os buracos e obstáculos urbanos como valetas, quebra-molas e ruas de paralelepípedo. O jeitão trail também permite algumas brincadeiras na terra, graças ao bom curso de suspensão e aos pneus de uso misto, mas a própria fábrica diz que a vocação do modelo é mais urbana. Para uso off-road pesado, seria preciso uma relação mais curta de pneus de cravos, além de as pedaleiras serem um pouco baixas. Em estradinhas sem pavimento, no entanto, a motinho vai que é uma beleza. A posição de pilotagem é bastante confortável, com as costas retas e os braços levemente esticados. Nesta versão ED avaliada (com freio a disco na dianteira) o guidão pode ser ajustado em duas posições, sendo uma delas mais à frente, para os mais altos ou de braços mais compridos. Na cidade, achei que o guidão poderia ser um pouco mais estreito para passar entre os carros, mas a parte boa é que a moto esterça bastante e é bem magra e leve entre as pernas. O banco é grande e com espuma bem dimensionada, de modo que não senti dores mesmo após rodar mais de 200 km num dia de rolê urbano. Quem foi de garupa também aprovou a acomodação, que além de generosa é mais alta que a do piloto, proporcionando também boa visibilidade ao carona. Já o desempenho com dois ocupantes fica um pouco prejudicado, especialmente em ladeiras e aclives, mas nada que comprometa.
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Dá para pegar estrada? Sim, mas desde que seja uma viagem curta e de preferência em pistas com velocidade máxima de 110 km/h. Isso porque a Crosser mantém os 100 km/h na boa, sem parecer muto esgoelada, mas não avança muito além disso. Chegamos a 120 km/h de painel, mas numa autoestrada todos os veículos parecem mais rápidos do que você, o que gera certa insegurança e pede cautela em ultrapassagens. Mas isso é uma limitação normal de uma moto com motor 150 cc.
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Pelo que anda, a Crosser mostra ciclística de sobra. O chassi é bem firme e as curvas e inclinações são feitas de forma fácil e confiante. Apesar da suspensão macia e dos pneus mistos, a estabilidade da pequena Yamaha é muito boa, e a entrega de torque em baixa deixa a motinho divertida de tocar. O ponto negativo fica por conta dos freios: assim como já havíamos comentado no primeiro contato com o modelo, achamos o sistema dianteiro um tanto borrachudo, sendo necessário apertar a manete com força. Ainda assim, a mordida do disco poderia ser mais forte. Optar pela versão com tambor na dianteira? Nem pensar...
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Até porque, convenhamos, a diferença entre as versões E (tambor) e ED (disco e guidão ajustável) é de apenas R$ 300. Não que pagar R$ 9.350 numa moto 150 seja barato, mas vale lembrar que a rival Bros 150 custa a mesma coisa e não é tão moderna e completa quanto a novidade da Yamaha. Bendita seja a concorrência! Por Daniel Messeder Fotos Rafael Munhoz Ficha técnica - Yamaha XTZ 150 Crosser ED Motor: monocilíndrico, comando simples, 149,3 cm3, injeção eletrônica, flex, refrigeração a ar; Potência: 12,2/12,4 cv a 7.500 rpm; Torque: 1,28/1,29 kgfm a 6.000 rpm; Transmissão: câmbio de cinco marchas, transmissão por corrente; Quadro: berço semi-duplo de aço; Suspensão: garfo telescópico na dianteira (180 mm de curso) e monoshock (156,5 mm de curso) na traseira; Freios: disco simples na dianteira (230 mm) e tambor na traseira (130 mm); Pneus: 90/90 aro 19 na dianteira e 110/90 aro 17 na traseira; Peso: 120 kg; Capacidades: tanque 12 litros; Dimensões: comprimento 2.050 mm, largura 830 mm, altura 1.140 mm, altura do assento 836 mm, entre-eixos N/D Galeria de fotos

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