Sucessor do Citroën ZX, que estava no mercado desde 1991, o Xsara foi apresentado em
1997 e chegou ao mercado europeu no início de 1998. Com design e nível de conforto acima da média para o segmento, ele compartilhava plataforma com o primo Peugeot 306.
No lançamento europeu, estavam disponíveis o cupê e o hatch nas versões X, SX e Exclusive com os seguintes motores: 1.4i de 75 cv, 2.0 16V de 112 cv e os diesel 1.9 de 68 cv e 90 cv. Poucos meses depois era lançado o Xsara Estate, versão perua que no Brasil viria com o nome Break.
Destaque também para a versão esportiva VTS, que equipada com motor 2.0 16V de 167 cv e 19,7 kgfm de torque acelerava de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos e alcançava velocidade máxima de 220 km/h. No ano seguinte, o Xsara ganhava a variação minivan Picasso, que se tornaria um sucesso de vendas em diversos mercados, inclusive no Brasil.
Ainda com pouco tempo no mercado, o Xsara passou por sua primeira reestilização em 2000. Com mudanças pontuais no design, que perdeu um pouco das linhas retilíneas, ele ganhou novos para-choques, rodas, direção com assistência variável e os perderam o formato afilado em favor de blocos maiores que tiraram um pouco da personalidade do carro. As versões também ganharam novas nomenclaturas: VTR, VTS e Exclusive. Além do visual, o modelo ganhou motores 1.6 16V de 110 e 2.0 16V de 137 cv, que podiam ser associados a uma caixa automática de cinco velocidades.
No Brasil
No mesmo ano do lançamento na Europa, em 1998, a Citroën começou a importar o Xsara nas variações cupê duas portas, hatch quatro portas e perua. As versões de acabamento eram GLX, Exclusive e VTS com os motores 1.8 8V de 95 cv (câmbio automático), 1.8 de 112 cv (manual) e 2.0 16V de 167 cv (manual), respectivamente.
No ano seguinte, o esportivo VTS recebia uma opção de motor mais fraco, 1.8 16V de 110 cv, enquanto o 1.8 8V era substituído pelo 2.0 16V de 126 cv nas versões automáticas. Contemporâneo à época, o Xsara chegou ao mercado brasileiro para concorrer no segmento de médios com VW Golf e Chevrolet Astra principalmente.
Mantendo a boa fama do antecessor ZX de carro estável e confortável, o Xsara ostentou bons números de vendas, figurando entre os mais vendidos entre os carros importados. O último membro da família a chegar ao nosso mercado foi a minivan Xsara Picasso, que foi lançada em março de 2001, sendo o primeiro automóvel da marca fabricado na unidade da PSA em Porto Real (RJ).
A reestilização aplicada em 2001 na Europa também chegou por aqui, com mudanças na oferta de motores, versões e acabamento. As versões GLX e Exclusive passaram a contar apenas com o propulsor 1.6 16V de 110 cv, enquanto o esportivo VTS ganhou, além do 1.6 16V, um 2.0 16V de 138 cv - deixando órfãos os fãs do verdadeiro VTS de 167 cv.
Para o ano de 2002 foram reservadas poucas mudanças para o modelo, com novidades apenas na oferta de equipamentos. Esta configuração permaneceu assim até o final de 2003, quando o modelo deixou de ser importado. Na Europa, as versões hatch e cupê permaneceriam no mercado até 2004, e a perua até 2006.
Seu substituto, o moderno Citroën C4 VTR, chegava importado da França a partir de 2006. Mas somente dois anos depois viria a versão hatchback cinco portas com produção na Argentina. Já o Xsara Picasso se manteve em produção no Rio por muito mais tempo, até abril de 2012, quando enfim deu lugar ao C3 Picasso.
Galeria: Carros para sempre: Citroën Xsara trouxe luxo francês ao segmento médio