Com desenho atraente, o Peugeot 207 SW 1.4l flex é prático e apresenta consumo relativamente bom. Típico carro urbano, conquistou o público feminino, e se mostrou uma boa escolha para quem precisa de um veículo ágil e com boa capacidade de carga. Confira a avaliação.
Por: Alexandre Akashi
Apesar de na França a Peugeot contar com uma série de veículos com carroceria Station Wagon (SW), aqui no Brasil a oferta é limitada apenas ao modelo popular da marca, o Peugeot 207. É certo que até bem pouco tempo atrás oferecia o 307 SW, mas isso ficou no passado. Pode ser que ele volte reestilizado como 308 SW, mas até agora, não há informações a respeito.
O 207 SW é versátil apesar de ser compacto. A Peugeot disponibiliza o modelo em duas opções de motor, 1.4l e 1.6l, ambos flex, sendo os 1.4l com câmbio mecânico de cinco velocidades e a 1.6l com transmissão automática de quatro, além de uma versão aventureira, o 207 SW Escapade 1.6l, que tem pneus de uso misto e suspensão um pouco mais elevada.
Para esta avaliação, a Peugeot cedeu o modelo de entrada, com motor 1.4l e câmbio manual de cinco velocidades. O preço parte de R$ 34.424 (versão XR, com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros elétricos e travas elétricas, desembaçador do vidro traseiro, tela multifunções no painel central, na cor branca).
A versão avaliada era a XRS (a partir de R$ 38.705, na cor branca), que tem ainda computador de bordo, faróis com acendimento automático, rodas de liga leve de 14 polegadas, sensor de chuva para acionamento e ajuste do limpador de pára-brisa, vidros elétricos dianteiros com comando seqüencial no lado do motorista e vidros elétricos traseiros.
Ao todo são oito opções de cores além da branca (Cinza Aluminium, Cinza Manitoba, Cinza Cendre, Cinza Grafito, Cinza Dolomites, Azul Bourrasque, Vermelho Luc e Preto Perla Nera), todas por mais R$ 600. Como opcional, aceita air bags duplos, por mais R$ 1.500.
A versão XS Automático (R$ 45.220, na cor branca), além do motor 1.6l de 113 cv/110 cv de potência a 5.600 rpm (etanol/gasolina) e torque máximo de 15,5 kgfm/ 14,2 kgfm a 4.000 rpm (etanol/gasolina), vem com freios ABS, ar-condicionado com controle automático de temperatura, Bluetooth "viva voz para celular acoplado ao som", comando do rádio na coluna de direção, airbag duplo frontal , entrada USB para som, rádio CD Player com função MP3 e rodas de liga leve de 15 polegadas.
Vida a bordo
A versão XR S do Peugeot 207 SW é simpática, mas não vale os R$ 4 mil de diferença da versão básica pelo que oferece de equipamentos adicionais. Computador de bordo é legal, assim como faróis com acendimento automático, rodas de liga leve, sensor de chuva e vidros traseiros elétricos, mas poderiam custar menos.
Os bancos são confortáveis, mas se fossem um pouco mais longos apoiariam melhor as pernas. Difícil é se acostumar com o sistema de acionamento dos vidros elétricos, com botões localizados no console central, próximo à alavanca de freio de mão (tanto os dianteiros quanto os traseiros). Mas, quem tem, está acostumado e não reclama.
Faltou dispositivo de ajuste de profundidade do volante, uma falha de projeto dos 207, mas há ajuste de altura do banco, o que ameniza um pouco e possibilita encontrar uma posição agradável de dirigir. Os comandos estão à mão, e se não fossem os botões do vidro elétrico no console entre os bancos, estaria tudo certo.
Apesar de tudo isso, em geral o 207 SW agrada, apesar do forte apelo feminino que o modelo tem. Não é à toa que vemos muitas mulheres dirigindo um. É um carro simples de operar, prático e com boa visibilidade, uma vez que é possível se posicionar a uma altura razoável, graças ao ajuste de altura do banco.
Particularmente não sou muito fã de dirigir sentado, mas dizem os especialistas que no trânsito, é a melhor forma, tanto ergometricamente quanto para a segurança, pois além de se fazer menos esforço para entrar e sair do veículo, é possível ter uma visão panorâmica melhor da rua e outros veículos e pedestres.
Há apenas uma ressalva na questão da visibilidade: a vigia traseira em forma de trapézio chega a incomodar um pouco, pois visualizamos as duas colunas laterais do carro ao olhar pelo retrovisor interno. Culpa do design, que as mulheres entendem melhor do os homens (beleza x funcionalidade).
O porta-malas, apesar de ser um veículo compacto, é generoso, como todo SW que se preze. O espaço para carga leva até 313 litros (ante 245 litros do 207 hatch), que pode ser ampliado para 1.136 litros ao rebater os bancos.
Consumo
Na avaliação, o 207 SW com motor 1.4 litro se mostrou bastante econômico. Durante os 10 dias que ficamos com o carro, rodamos 264 km em trechos urbanos, com trânsito moderado a leve, e em raros momentos pesado, o que imprimiu no período velocidade média de 25 km/h. Nestas condições, o consumo médio marcado foi de 9,6 km/l, abastecido 100% com etanol. Isso significa que um tanque (50 l), nestas condições, dura até 15 dias, um custo bem razoável.
Outra boa surpresa do modelo foi a desenvoltura do conjunto motor-câmbio, que apesar de oferecer somente 82 cv/80 cv a 5.250 rpm (etanol/gasolina) e torque máximo de 12,85 mkgf a 3.250 rpm, obtido com qualquer um dos combustíveis, mostrou ser suficiente para arrancar com agilidade os 1.148 kg do modelo. Claro que nestas condições o consumo se eleva drasticamente, mas nada como ter agilidade no trânsito.
Fotos do Peugeot 207 SW