O Chevrolet Cruze é um carro que recebe muito bem o motorista em relação aos itens de conforto e ergonomia. Ao avaliar o modelo em condições normais de uso, ou seja, utilizando na cidade como qualquer pessoa, muitos atributos positivos foram observados. Confira as impressões ao dirigir o Cruze LTZ no trânsito urbano.
Como falamos anteriormente, o Cruze LTZ oferece ajustes manuais de altura do banco do motorista e de altura e profundidade da coluna de direção, o que permite encontrar a posição ideal para dirigir com facilidade. Retrovisores ajustados, cinto afivelado, hora de dar a partida no carro pressionando o botão. O ronco do motor 1.8 16V Ecotec difere bastante do 2.0 FlexPower da linha Vectra.
Ao rodar com o Cruze por ruas legitimamente brasileiras, a suspensão trabalha razoavelmente bem, mas ao passar em buracos, as rodas de 17 polegadas e os pneus de perfil mais baixo transmitem as imperfeições aos ocupantes. Comparando com a suspensão do Novo Civic que avaliamos anteriormente, podemos dizer que é mais firme e mesmo assim, ligeiramente mais confortável. A sensação é de um carro na mão, fato que fica ainda mais nítido com a precisão da direção elétrica. Podemos classificar o perfil de condução que o Cruze mais para esportivo, oferecendo sempre boa estabilidade e controle do carro.
O novo câmbio de automático de 6 marchas tem pontos positivos e negativos. Ao acelerar, as trocas são feitas de forma quase que imperceptíveis. O escalonamento das marchas é bom e permite ao motor trabalhar bem. No entanto, em situações de retomada de velocidade, onde se pisa forte no acelerador, o câmbio fica indeciso se reduz uma ou duas marchas. Na prática, esse vacilo é um pouco incômodo, pois o câmbio reduz um pouco, depois reduz mais e o motor acaba gritando. Já na situação de aceleração forte continua, o câmbio entende o recado e trabalha bem.
Este câmbio ainda possui sensor de inclinação. Com ele, o câmbio é capaz de identificar que o carro está numa descida, e caso o motorista não esteja acelerando, ele "segura" o carro com o freio-motor. Em outros carros automáticos, ao entrar numa grande ladeira, o câmbio mantém o ritmo forte obrigando o motorista a freiar com mais intensidade ou reduzir o câmbio manualmente (mudando para posição 3, 2 ou 1 na maioria dos modelos). Quem não está acostumado com esta comodidade, pode estranhar. Ainda sobre a utilização do câmbio automático na cidade, ao reduzir a velocidade para parar em um semáforo, o câmbio dá um pequeno tranco na redução da segunda para primeira, o que é estranho para um câmbio tão moderno.
Consumo do Cruze LTZ na cidade
Durante a avaliação do Cruze, rodamos com o carro abastecido tanto com etanol como com gasolina. Na cidade, cerca de 90% do tempo foi utilizado o ar condicionado e o carro levava duas pessoas. Quando abastecido somente com etanol, o consumo médio oscilou de 6,2 a 6,6 km/litro rodando grande parte do tempo com trânsito pesado. Com gasolina, a melhor média de consumo na cidade com o ar ligado 100% foi de 7,6 km/litro.
Considerações do Cruze na cidade
Em resumo, o Cruze é um carro que agrada bastante ao motorista que gosta de um carro firme, mais voltado para estilo esportivo de condução. O conjunto é moderno e desenvolve bem em altas velocidades (vamos falar isso adiante), mas peca no consumo em trecho urbano. Mesmo assim, está muito à frente do seu antecessor Vectra.
Galeria: Garagem CARPLACE: Dirigindo o Chevrolet Cruze LTZ na cidade - Confira o consumo