Em nossa avaliação, o Novo Palio mostrou que não mudou só na aparência. O modelo agradou pelo melhor comportamento dinâmico e pelo rodar mais suave e silencioso do que a geração anterior, e embora ele não seja o mais forte nessa faixa de cilindrada, o desempenho está na média da maioria dos 1.0 litro. Veja nesta matéria as impressões ao dirigir o Novo Palio na cidade e na estrada.
Como já dissemos, na versão avaliada não havia o ajuste de altura do banco e por isso a posição de dirigir fica um pouco elevada. Os ajustes do retrovisor elétrico ficam na coluna e embora não incomode tanto, ficaria melhor no puxador da porta. Ao dar a partida o ronco do 1.0 fire Evo é notado mas não incomoda, está dentro da média dos compactos.
Ao acelerar o Palio 1.0 percebemos que se trata de um 1.0 litro. Ele não é líder em potência na categoria, mas está longe de ser ruim, pois aproveitando as faixas de maior torque consegue-se desenvoltura razoável no trânsito urbano sem contar com o fato do isolamento acústico estar muito bom e em rotações até 3.500 rpm o nível de ruído interno não incomoda. O modelo é equipado com o motor 1.0 fire Evo flex que entrega 73 cv de potência e torque máximo de 9,5 Kgf/m à 3.850 rpm com gasolina e 75 cv e torque máximo de 9,8 Kgf/m a 3.850 rpm com etanol. O consumo urbano ficou na marca de 7,8 Km/l com etanol com utilização do ar condicionado na maior parte do tempo, sendo utilizado em 70% na cidade. O tanque de combustível comporta 48 litros.
Quanto ao câmbio, ele melhorou e tem engates mais precisos que o anterior, mas ainda é um pouco mole e o curso da alavanca ainda é longo. No uso normal não chega a incomodar.
O comportamento da suspensão melhorou, pois o carro inclina menos nas curvas e enfrenta bem a buraqueira das nossas ruas. Em resumo, ele está um pouco mais firme que na geração anterior, mas o compromisso ainda é voltado ao conforto e não à esportividade (nas versões com motor 1.4 e 1.6 16v a suspensão tem ajuste mais firme de acordo com o fabricante).
As frenagens com o auxilio do ABS (disponível na versão avaliada, mas que é item opcional) são seguras e sem desvio de trajetória, porém a frente inclina bastante devido a configuração da suspensão. Outro ponto que o Palio evoluiu bastante é em relação à visibilidade, principalmente na dianteira, pois os limpadores de pará-brisa estão em posição mais baixa sem atrapalhar a visão como ocorria antes. Outro item opcional disponível no carro avaliado é o retrovisor fotocrômico, o qual confere mais conforto ao dirigir à noite.
Na estrada o comportamento e desempenho estão dentro do esperado para um carro com motor 1.0, porém as retomadas são mais lentas e nesse caso deve-se reduzir e elevar os giros para compensar. Em quinta marcha a 120 km/h o motor gira a 4.000 rpm e mesmo nessa rotação o nível de ruído não chega a incomodar. Nesse quesito ele está um pouco acima da média para o segmento. O consumo médio na estrada ficou em 11,7 Km/l com etanol.
Em resumo o desempenho e o consumo está na média dos concorrentes 1.0. O rodar é agradável na cidade, embora o ideal seria a suspensão mais firme mesmo na versão 1.0, o que traria ainda mais benefícios ao prazer em dirigir. A direção hidráulica, embora com peso adequado, tem respostas um tanto lentas em manobras. Estes detalhes somados tira qualquer pretensão de dirigir de forma mais esportiva, mas como mencionamos, este não é o propósito de um carro 1.0. Seu compromisso é com o conforto e nisso o Novo Palio cumpre muito bem a sua missão.
Na próxima matéria, confira as considerações finais da avaliação do Novo Palio 1.0 Attractive.
Galeria: Garagem CARPLACE: Dirigindo o Novo Palio Attractive 1.0 - Comportamento na cidade e na estrada