A unidade do Citroën AirCross avaliada é a top de linha, equipada com todos os itens oferecidos pela marca. Nesta matéria, vamos falar sobre o acabamento interno e itens de conforto do modelo.
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Ao entrar no AirCross, o acabamento já agrada aos olhos. O que chama muito a atenção é o volante de base achatada com acabamento em couro e com uma parte em metal na parte inferior. O seu desenho, além de dar um toque diferenciado, também tem boa pegada. O quadro de instrumentos é o mesmo do C3 Picasso europeu. Mesmo como o nome AirCross, é possível ver ao fundo a inscrição Citroën C3.
Ainda na região do volante, o AirCross conta com comando satélite para controle do som e também do sistema de navegação. Para trocar de rádio, selecionar um MP3, ajustar o volume ou outra ação relacionada ao rádio, tudo é tranquilo. No começo, é preciso uma certa adaptação para a tela onde são exibidas as informações do som não roubar a atenção do motorista enquanto dirige, mas com a prática, isso é facilmente superado. Já para controlar o sistema de navegação por este controle é desconfortável e um pouco demorado. O máximo recomendável por ali é interromper a navegação ou abaixar o volume. No entanto, com os endereços armazenados no diretório, as coisas ficam mais fáceis. Também é possível configurar a voz do navegador (masculino ou feminino), o volume das orientações ou até mesmo desativar. Mesmo com a opção disponível, não conseguimos reduzir o brilho da tela (à noite, o brilho alto chega a incomodar). Se a tela fosse sensível ao toque, facilitaria em muito este trabalho. Ainda neste mesmo comando, um botão na ponta central permite navegar entre as opções do computador de bordo.
No lado esquerdo do volante, outro comando satélite. Este serve para ativar e desativar o controlador de velocidade de cruzeiro (chamado popularmente de piloto automático). Girando a roldana central, o controlador é ativado e com os botões na parte posterior é possível ajustar a velocidade desejada. As informações são exibidas no terceiro mostrador do quadro de instrumentos, na mesma região onde são exibidas informações sobre o nível de combustível e computador de bordo.
Sem utilizar os comandos satélites no volante, o acesso aos controles no console central ocorre tranquilamente. O acesso é fácil e os botões intuitivos. O controle do ar condicionado, apesar do formato diferenciado, permite configurar a temperatura e velocidade de ventilação desejada rapidamente.
Sobre o sistema de som, chamado pela marca como Hi-Fi Like, conta com seis alto-falantes o som é de boa qualidade. Também dispõe de uma porta USB. É possível configurá-lo para utilização pelo carro inteiro ou somente na parte dianteira do carro, o que concentra todo o som para motorista e passageiro dianteiro (situação que atende quando se quer colocar uma tela de DVD para crianças no encosto do banco traseiro por exemplo).
O acabamento do painel não é de textura macia, mas agrada ao toque. Nas portas, nas regiões de contato com a pelo, o acabamento tem couro. Inicialmente, não detectamos ruídos oriundos do acabamento plástico, no entanto, com o tempo de utilização e passagem por ruas mais esburacadas, notamos uma certa vibração vindo da região onde está a tela. Essa vibração apareceu somente em trechos mais prejudicados, sendo que no dia-a-dia, o carro mostrou-se muito silencioso.
Como é de se esperar em qualquer carro, os quatro vidros tem acionamento elétrico com função one-touch para o motorista. O fechamento remoto das portas não fecha os vidros que estiverem abertos, sendo necessário fechá-los antes de sair do carro. Os retrovisores também posseum ajuste elétrico. Sentimos falta do retrovisor interno fotocrômico. Para o uso familiar, o AirCross também dispõe de um mini-retrovisor interno que permite direcioná-lo ao banco traseiro. Para quem tem criança pequena, este item é muito útil.
O acabamento dos bancos é uma mescla de couro e tecido e agrada bastante. Os bancos são macios, e os dianteiros, são envolventes. No encosto dos bancos dianteiros, duas mesas do tipo avião. Em nosso uso, não vemos utilidade. Talvez em alguma situação de viagem com crianças a bordo e com o carro parado seja interessante.
Os dois bancos dianteiros também contavam com descansa-braço, o qual faz sentido somente na estrada. No uso na cidade, o mimo acaba atrapalhando as trocas de marcha. A manopla do freio de mão é baixa, sendo necessário abaixá-la muito para destravar o freio. No começo do teste, várias vezes o carro alertava que o freio de mão ainda estava puxado.
A visibilidade geral é boa. O grande para-brisa não sofre com reflexos do painel e as janelas complementares dianteiras auxiliam bastante na visibilidade. Na parte traseira, mesmo com parte do estepe à mostra, o visão não é prejudicada.
Apesar de toda modernidade e mimos, ao parar no posto é necessário entregar a chave ao motorista. Uma abertura interna do tanque não seria nada mal.
Para abrir o porta-malas é preciso apertar o botão central na chave e esperar o destrave. Depois disso, puxasse a alavanca para destravar o segundo estágio e gira-se a base do estepe para a esquerda - onde também possui uma trava para a base não voltar. Para abrir a tampa em si, é necessário tocar um botão localizado acima da placa de identificação.
Em resumo, gostamos do acabamento no geral, do silêncio a bordo no uso urbano, do porte do carro e da elevada sensação de conforto, considerando a proposta do carro, do sistema de som e do sistema de navegação. Não gostamos da falta da tela sensível ao toque, da falta do retrovisor eletrocrômico, do não fechamento automático dos vidros ao fechar as portas e da profundidade do freio de mão.
O gosto visual é subjetivo e varia de pessoa para pessoa, mas foi extremamente superior a quantidade de pessoas que comentavam conosco que o AirCross é um carro bonito. De fato, notamos que muitas pessoas na rua olhavam o carro com mais atenção quando passávamos.
Galeria: Garagem CARPLACE: Acabamento interno e itens de conforto do Citroën AirCross