A seção Voz do Dono de 2011 traz o depoimento do leitor Karl Sauer, de Pernambuco, avaliando o comportamento e os pontos positivos e negativos de seu Renault Fluence.
"Depois de quase três meses após adquirir um Fluence Dynamique, gostaria de compartilhar com os colegas do CARPLACE uma análise dos principais pontos positivos e negativos que consegui identificar no sedã médio da Renault:CONFORTO / EQUIPAMENTOS / SEGURANÇA- Se há um ponto em que o Fluence certamente se destaca entre os sedãs médios é o nível de equipamentos oferecido desde a versão de entrada. Ar condicionado digital dual zone, sensor de luminosidade, sensor de chuva, som com MP3, Bluetooth e entrada USB com comando satélite... Só ficou faltando o piloto automático, que a Renault começou a disponibilizar a partir da linha 11/12.
- Falando no ar condicionado, o funcionamento é excepcional e a possibilidade de regular temperaturas diferentes é algo excelente para manter a harmonia da um casal a bordo...
- A direção elétrica, com regulagem de altura e de profundidade do volante, é muito leve em baixas velocidades e ganha o peso necessário à medida que a velocidade aumenta para garantir a segurança ideal.
- A densidade da espuma das almofadas dos bancos oferece firmeza e conforto ideais, mas os bancos dianteiros poderiam oferecer um pouco mais de largura.ACABAMENTO / ERGONOMIA- As peças são montadas com cuidado, sem rebarbas. O aspecto geral é discreto e não exala refinamento, mas está dentro da média dos melhores concorrentes diretos do segmento.
- Os plásticos são emborrachados em toda a parte dianteira (incluindo a cobertura do painel de instrumentos), mas a Renault vacilou ao colocar plástico rígido nas portas traseiras.
- A Renault definitivamente precisa trabalhar melhor a questão da ergonomia na próxima geração do Fluence. Os botões do som e do ar condicionado, além de pequenos, são mal posicionados e obrigam o motorista a inclinar o corpo além do desejável.
- Os bancos de couro originais de fábrica, além de muito bonitos visualmente, são muito bem montados.
- O nível de ruído interno é excepcionalmente baixo, ponto mais do que positivo para o carro.ESPAÇO INTERNO- Espaço excelente para os passageiros da frente e para os dois passageiros que sentam ao lado das portas – quem tiver que viajar na parte central sofre um pouco por conta do encosto de braços. O contraponto positivo é que o túnel central não ocupa muito espaço das pernas e possibilita boa movimentação.
- A altura para a cabeça na parte de trás poderia ser mais elevada. Pessoas com mais de 1,80 m podem bater a cabeça ao entrar com um pouco mais de pressa. Falha de projeto, ponto. MOTORIZAÇÃO- Mesmo que equipa o Nissan Sentra, o motor 2.0 16V de 143 cv (quando abastecido com álcool é muito bom e casa perfeito com o câmbio CVT. O torque é mais do que suficiente para uma condução confortável em circuito urbano e segura em estradas quando as ultrapassagens forem necessárias. É de se destacar também a incrível suavidade de funcionamento do propulsor.CÂMBIO- Se há um destaque absoluto no carro é o CVT. De uma suavidade de funcionamento impressionante, o câmbio mantém o motor na rotação ideal e auxilia muito na redução do consumo – a 120 km/h, por exemplo, a rotação fica abaixo dos 3.000 rpm. A opção de trocas seqüenciais (seis marchas virtuais) é bastante interessante, notadamente quando é necessário realizar uma ultrapassagem de maneira mais rápida, mas o consumo sai prejudicado.CONSUMO- Ao comprar o carro, este era o meu principal receio, já que eu estava vindo de um sedã 1.6 cujo consumo era um dos pontos de destaque. Como rodo em média 1.500 km mensais o gasto com combustível é algo bem relevante no meu orçamento. Pois bem: mesmo como motor 2.0 e câmbio automático a menor média em circuito urbano que consegui até agora foi 8,8 km/l com gasolina, com trânsito moderado e ar condicionado ligado a maior parte do tempo. Para quem imaginava um consumo na casa dos 7,5 km/l, nada mal.
- Em estrada já cheguei a 14 km/l, com 03 pessoas a bordo, porta-malas com metade da capacidade, ar ligado o tempo todo e média na casa dos 110 km/h.COMPORTAMENTO DINÂMICO- Apesar de grande e pesado – o que dificulta um pouco em estacionamentos mais apertados e vagas nas ruas das grandes cidades - o Fluence tem um comportamento que inspira segurança em curvas mais fechadas (na versão Privilège, com controle eletrônico de estabilidade, essa sensação deve ser ainda mais evidente). Em ruas e avenidas mais esburacadas, a suspensão trabalha de maneira muito competente e o carro mantém grande conforto de rolagem.PORTA-MALAS- Os 530 litros de capacidade são muito bons, mas poderiam ser mais bem aproveitados se os braços da tampa fossem substituídos por molas pantográficas. Isso é o esperado em carros desta faixa de preço – e o que parece é que a maioria dos concorrentes possui o mesmo problema.Se alguém me perguntasse hoje se eu o compraria novamente a resposta seria SIM. Considerando os prós e contras do carro e depois de analisar atenciosamente os últimos lançamentos do segmento, ainda considero o Renault como modelo o que oferece o conjunto mais interessante pelo valor cobrado.
DADOS
Renault Fluence Dynamique
Ano / modelo: 11/11
Câmbio: CVT
Cor: Cinza quartz
KM: 4.800 km"Importante: Pedimos a gentileza de se respeitar a opinião emitida pelo proprietário deste veículo. Cada um tem sua preferência pessoal e compra um carro de acordo com sua necessidade e seu bolso. Comentários que ofendam o leitor que enviou o e-mail, serão deletados sem aviso prévio.
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Galeria: VOZ DO DONO: Leitor avalia Renault Fluence Dynamique