Garagem CARPLACE: Comportamento do C3 Picasso na estrada e no trânsito urbano
Garagem CARPLACE: Comportamento do C3 Picasso na estrada e no trânsito urbano
Não demos folga para o Citroën C3 Picasso em nossa avaliação. Rodamos no pesado trânsito de São Paulo durante o horário de pico, rodamos também por rodovias muito bem pavimentadas e até mesmo em estradas de terra. Confira como é rodar com o modelo.
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O Citroën C3 Picasso oferece diversos itens de conforto ao motorista para tornar o seu dia-a-dia mais agradável. Para começar, encontrar a posição ideal para dirigir é fácil, pois o modelo conta com ajuste de altura do banco do motorista e altura e profundidade da coluna de direção. Os retrovisores externos possuem ajuste elétrico e junto com interno, oferece boa visibilidade lateral e traseira. Faltou, no entanto, o retrovisor interno ser eletrocrômico.
A posição de dirigir elevada e a boa pegada do volante agradam bastante. A visibilidade dianteira e a diagonal são excelentes, resultado do para-brisa partido em três com colunas extremamente finas. Por outro lado, a posição elevada de dirigir exige um certo esforço na hora de baixar o freio. O acesso à manopla do câmbio manual não exige esforços, porém, a tarefa é prejudicada se os apoios de braço central estiverem abaixados. Este item mostrou-se útil apenas em longas viagens em conjunto com o uso do piloto automático.
Na cidade, o C3 Picasso demonstrou ser um carro confortável e silencioso. Passar em valetas e lombadas faz o carro balançar um pouco, mas a suspensão atua sempre de forma suave, sem batidas. No anda e para do trânsito de São Paulo também não desapontou, mesmo pelo fato do torque de 15,8 kgfm com etanol estar disponível 4.500 rpm com etanol (14,5 kgfm/4.000 rpm com gasolina), não é preciso ficar trocando as marchas com frequência. Para deixar o carro "esperto", o giro do motor deve ficar sempre acima dos 3.500 rpm.
Na estrada, impressões boas e outras que incomodaram um pouco. O motor 1.6 16V demora um pouco para acordar, sendo preciso elevar o giro do motor para além dos 4.000 rpm para obter um bom desempenho. Ao chegar a 120 km/h, o motor parece despertar e a partir daí oferece mais fôlego ao se exigir um pouco mais do acelerador. Assim como o AirCross, o barulho do motor invade a cabine e passa a incomodar ao chegar justamente nos 120 km/h.
A estabilidade do modelo em alta velocidade impressiona. Durante todo o percurso na estrada, o carro se mostrou firme e transmitiu total segurança ao motorista, sem trepidações ou flutuações. Até mesmo em curvas o comportamento do C3 Picasso foi exemplar, mesmo entrando em velocidade elevada, a carroceria rolou um pouco, mas não chegou a desviar a trajetória. Notamos desempenho semelhante no AirCross, mas os pneus mais voltados para uso urbano do C3 Picasso, conferem uma estabilidade ainda melhor.
Mesmo sem vocação off-road, o C3 Picasso também se comportou bem em estrada de terra. O ajuste da suspensão tornou a "chata" passagem pelo piso irregular um pouco mais confortável. Mesmo nesta situação, mesmo sem a suspensão mais elevada e os pneus de uso misto do AirCross, o C3 Picasso não decepcionou.
Os freios, com sistema ABS e EBD, quando acionados de forma brusca, conseguiram manter o C3 Picasso sem desvio de trajetória, mas com uma leve inclinação para frente.
Em resumo, o C3 Picasso ofereceu bom conforto no trânsito urbano e na estrada de terra e muita estabilidade e segurança na estrada, mesmo em altas velocidades. O barulho do motor 1.6 16V flex de 110/113 cv invadindo a cabine aos 120 km/h é um dos pontos negativos do modelo. Outro ponto positivo é o fato do motor 1.6 atender bem ao modelo, porém, o preço a se pagar pela esperteza é o rodar com giro mais alto do motor, e consequente, maior consumo de combustível (o que falaremos no próximo tópico da avaliação).
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