Primeiras impressões Citroën Basalt: custo-benefício em forma de SUV-cupê

A Citroën completa a sua trilogia no Brasil com o Basalt. Apostando no melhor estilo SUV-cupê, a marca francesa fez a lição de casa para entregar o melhor da família C3 em estilo, equipamentos e até com motor turbo em preços que vão chamar a atenção.

O desafio foi criar um veículo interessante sem invadir o pedaço do primo Fiat Fastback, por exemplo. Com o Basalt, a Citroën acerar a receita SUV com carroceria no estilo cupê com surpreendente espaço interno. Andamos na configuração mais completa e potente, a 1.0 Turbo Shine. Será o suficiente para colocar a Citroën no topo? 

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Citroën Basalt Shine 1.0 Turbo 2025

O que é?

Um SUV-cupê acessível. É assim que a Citroën define o Basalt. De cara, o visual chama atenção com linhas bem mais agradáveis e modernas. É um resultado mais interessante que aos irmãos C3 e C3 Aircros. Ao vivo o design parece mais refinado e coeso, trazendo uma harmonia que, de fato, eleva o nível da Citroën no segmento. Os detalhes robustos na dianteira, as curvas suaves e a traseira elevada conferem ao Basalt uma postura agressiva, mas sofisticada, um ponto que certamente vai agradar quem busca um carro que chame atenção na rua.

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Interior, painel e multimídia do novo Citroën Basalt 2025

Por dentro, o Citroën Basalt mantém o padrão dos modelos da marca, com plásticos rígidos predominando no acabamento. Embora essa escolha possa ser vista como um ponto negativo, a textura aplicada ao painel consegue amenizar a simplicidade, tornando o ambiente um pouco mais aconchegante. Foi o remédio utilizado para manter o preço mais acessível.

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Painel digital de 7 polegadas do Citroën Basalt 2025

No entanto, se destaca por trazer ar-condicionado automático digital, painel digital com tela de 7 polegadas (disponível em todas as versões) e a mesma boa central multimídia de 10 polegadas com conectividade Apple CarPlay e Android Auto sem fios. O volante, com comandos integrados, traz apenas a regulagem de altura sem amortecimento ao soltar a trava do ajuste. O preço da acessibilidade também é visto nos botões dos vidros elétricos separados pelos dianteiros nas portas e os traseiro centralizados no console central, o que exigirá um certo malabarismo do motorista para fechar.

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Amplo espaço interno no Citroën Basalt

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Porta-malas do Basalt acomoda 490 litros (padrão VDA)

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Espaço dianteiro Citroën Basalt 

Pontos que certamente chamarão muito a atenção, inclusive de motoristas de aplicativos, são o amplo espaço interno e o generoso porta-malas com 490 litros. Os passageiros traseiros terão uma grande área para as pernas - grande mesmo, o que o habilitará a ocupar as categorias mais elevadas dos aplicativos. Suas medidas são 4,34 m de comprimento, 1,58 m de altura, 1,82 m de largura e 2,64 m de distância entre-eixos. Acredite, o resultado ao vivo em termos de porte e presença vai impressionar bastante. 

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Citroën Basalt

Como anda?

Logo ao assumir o volante, um ponto de destaque (se você gosta) é a posição elevada de dirigir, mesmo sem colocar a altura do banco do motorista no ponto mais alto. A visibilidade geral é boa, o que é incomum em SUVs com a proposta "cupê". Embora o volante tenha apenas ajuste de altura, a ergonomia no cockpit é boa, permitindo ao motorista acessar facilmente os comandos e ler a velocidade no painel de instrumentos tranquilamente.

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Rodando, duas gratas surpresas. A primeira é o bom acerto da suspensão. A Stellantis trabalhou bem e conseguiu encontrar um ajuste sob medida para o Brasil. A Citroën gosta de chamá-la de "tapete voador" ao indicar que ela consegue transpor valetas e buracos sem causar desconforto aos ocupantes. Por se tratar de um veículo mais alto e com acerto voltado para conforto, o ponto negativo fica para as altas velocidades, onde o SUV apresenta uma leve tendência a inclinar nas curvas e deixa a dianteira "leve demais". Nada muito alarmante ao rodar dentro dos limites de velocidade, mas se você tem o pé pesado, terá que ficar atento.

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Posição de dirigir mais elevada no Citroën Basalt

O motor 1.0 turbo de 125 cv com gasolina e 130 cv com etanol é um dos grandes acertos do Basalt. Seu torque de 20,4 kgfm garante arrancadas vigorosas, e o baixo peso do carro – 1120 kg – faz com que ele seja ágil na cidade e tenha fôlego de sobra na estrada. A transmissão CVT com simulação de 7 marchas oferece uma experiência de condução suave e sem trancos. Com resposta ao acelerador eficiente, e o modelo entrega uma condução prazerosa tanto em baixa quanto em alta velocidade.

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Baixo peso e motor turbo tornam o Basalt ágil

O consumo é outro ponto que merece elogios. Com gasolina, o Citroën Basalt faz 11,9 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada, números bem competitivos para o segmento. Com etanol, os números caem para 8,3 km/l e 9,6 km/l, respectivamente, segundo dados do Inmetro. Em nossos testes, percebemos que o consumo real pode ser ainda melhor, especialmente em trechos urbanos.

Apesar de ser um SUV voltado para o ambiente urbano, o Basalt também se mostrou competente em ruas de terra e terrenos irregulares. O gerenciamento anti-derrapante, no entanto, mostrou certa limitação em ladeiras mais íngremes, deixando o carro ligeiramente mais lento, mas nada que comprometa a experiência como um todo.

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Citroën Basalt First Edition 2025

Melhor que os concorrentes?

A pergunta que mais escuto é se vale a pena. O Citroën Basalt chega para concorrer com modelos como Nissan Kicks, Renault Kardian, Volkswagen Nivus e até os Fiat Pulse e Fastback. Praticamente em relação à todos, o acabamento é bem mais simples. O plano da Citroën é realmente entregar "mais carro", ou seja, porte e espaço interno a um preço mais baixo do que os rivais. Você entenderá isso quando entrar no Basalt.

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Citroën Basalt Fist Edition 2025

Como tentamos explicar, a vantagem do Basalt está no preço. O conjunto mecânico atende bem ao SUV, ao menos nesta configuração com motor 1.0 turbo. No entanto, há uma expectativa para que seu desempenho seja também bastante razoável com o motor aspirado por conta do baixo peso: apenas 1.120 kg, ou seja, 5 kg a menos que o C3 You!. 

Quanto custa?

O Citroën Basalt Shine Turbo chega para agradar a quem busca um SUV compacto bem equipado, com design atraente, amplo espaço interno e um motor eficiente. Seu desempenho tanto na cidade quanto na estrada são interessantes, especialmente considerando seu preço competitivo. E embora o acabamento interno ainda possa melhorar em termos de sofisticação, o modelo entrega excelente custo-benefício, conforto, tecnologia e um visual que vai fazer muita gente virar a cabeça na rua.

A versão de entrada, Basalt Feel 1.0 com câmbio manual de 5 marchas, levará muitas pessoas paras concessionárias Citroën com seu preço de lançamento de R$ 89.990. De série já entregará a direção direção elétrica com regulagem de altura da coluna, painel de instrumentos em tela de 7", multimídia com tela de 10" com Android Auto e Apple CarPlay sem fios; câmera de ré; 4 airbags; luzes diurnas em LEDs; ar-condicionado; banco do motorista com regulagem de altura; vidros elétricos; rodas de 16" com pneus 205/60; chave canivete e retrovisores elétricos. Para levar o motor turbo com câmbio CVT, o preço sobe para R$ 96.990, o que ainda é bem interessante.

Para quem quer um pouco mais, a versão intermediária é a Citroën Basalt Shine 1.0T CVT e custa R$ 104.990. Nela estão o ar-condicionado automático; sensor de estacionamento traseiro; rodas de 16" com acabamento diamantado; faróis de neblina; limitador e piloto automático; bancos e volante em revestimento premium e passa ser opcional a pintura bitom.

Agora no lançamento, também é oferecida a versão Citroën Basalt First Edition 1.0T CVT por R$ 107.390. Com tudo da Shine Turbo, adiciona logotipos First Edition; faixas pretas entre as lanternas; pintura Branco Nacré; rodas de 16" escurecidas; soleiras metalizadas; pedaleiras exclusivas; tapetes exclusivas e pintura bitom.

Se a Citroën buscava dar um salto à frente com o Basalt, podemos dizer que conseguiu. Entre seus irmãos, o Basalt claramente se destaca como o melhor da família.

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