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Mercedes-Benz Wörth: fábrica de caminhões de 1963 agora foca em elétricos

Linha de produção histórica agora está se adaptando aos veículos movidos por baterias

Fábrica da Mercedes-Benz em Wörth, Alemanha

As divisões Mercedes-Benz (carros e vans) e Daimler (veículos pesados) foram separadas no ano passado, mas as metas das duas novas empresas que surgiram a partir da divisão do Grupo Daimler, renomeadas Mercedes-Benz AG e Daimler Trucks AGO, continuam a seguir pelo mesmo caminho anteriormente planejado.

Embora mais gradualmente, a transição para veículos elétricos também é a pauta da nova Daimler. Ela já começou a produzir uma família de modelos movidos a bateria derivados dos modelos Actros e Econic. Eles fazem parte da primeira fase de conversão da histórica (e ao mesmo tempo muito moderna) fábrica de Wörth (ALE) e as linhas que produzem componentes e baterias para lá.

Um marco do passado e do presente

Galeria: Mercedes-Benz Wörth

A fábrica em Wörth foi fundada em 1963 e ainda é a maior linha de produção da Mercedes-Benz Trucks, hoje de propriedade integral da Daimler Trucks. A produção atual se concentra nos modelos pesados das famílias Actros, Arocs e Atego, cujas primeiras gerações foram introduzidas há mais de 20 anos. Delas ainda surgiram derivados como Econic, Zetros e os famosos Unimogs. O Actros, inclusive, é produzido no Brasil também.

A fábrica é uma das mais eficientes e versáteis do antigo Grupo Daimler, empregando cerca de 10.000 trabalhadores e tem uma capacidade para produzir 470 veículos por dia, com um padrão de qualidade particularmente alto. Além destes, kits completos de peças pré-montadas são preparados aqui e depois enviados para fábricas menores ao redor do mundo para a montagem final. Até o momento, mais de 750.000 unidades já foram construídas.

O coração da eletrificação

Fábrica da Mercedes-Benz em Wörth, Alemanha

Wörth am Rhein é também uma das sedes da Daimler Trucks: aqui, após a separação da Mercedes-Benz, arquivos e veículos históricos foram transferidos dos escritórios conjuntos para a empresa em Stuttgart. Sua importância vai além disso, porém, porque o centro coordena as atividades de produção de outras fábricas alemãs, como as de Kassel, Gaggenau e Mannheim, especializadas respectivamente em eixos, peças de transmissão e motores.

Este trio de locais, espalhados pelas regiões vizinhas, são os principais fornecedores de componentes específicos para os primeiros caminhões elétricos eActros em produção desde outubro passado, incluindo as baterias que são montadas em Mannheim.

Fábrica da Mercedes-Benz em Wörth, Alemanha

A linha de montagem dos eActros é parcialmente comum ao tradicional, pois são utilizados chassis, cabines e outros elementos do modelo a combustão. Mas se difere na fase final por conta da instalação do trem de força elétrico e das baterias, que ocorre em uma estrutura específica chamada Future Truck. 

Isto foi configurado de acordo com um princípio altamente flexível que logo permitirá à fábrica iniciar a produção de outros modelos como o eEconic, a variante elétrica do modelo para serviços urbanos e as variantes de transporte de longa distância do eActros, aos quais os modelos de hidrogênio deverão ser acrescentados dentro de 2 a 3 anos.

Um exemplo de eficiência

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As três gerações de Actros Mercedes-Benz produzidas aqui.

Como base de apoio para a transição elétrica, Wörth é também o primeiro local, junto com Kassel, Gaggenau e Mannheim, onde a Mercedes Caminhões se concentrou na redução do impacto ambiental e das emissões de CO2. Tanto que, no relatório de sustentabilidade de 2021, o local é citado como o principal exemplo para novas iniciativas, incluindo a expansão dos sistemas de geração de energia solar em todas as 4 fábricas. 

Em Wörth, também em 2021, ocorreu a transição da tecnologia anterior de pintura em cabine aquosa para o novo processo chamado EP-T (EcoPainting-Truck), que prevê uma redução nas aplicações de pintura, tempos de secagem e, acima de tudo, menor uso de cabines climatizadas. Isto por si só levou a uma economia de energia de 31% e redução de 7.000 toneladas nas emissões de CO2 por ano. Além disso, ainda mais eletricidade e calor são economizados graças a um controle mais inteligente dos tempos de comutação do sistema de ventilação que funciona junto com o sistema de gerenciamento de energia de todo o edifício. 

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