Os leitores pediram e nós atendemos: a categoria de entrada do Seleção Motor1.com 2019 focou realmente nos modelos mais baratos do mercado, abaixo de R$ 40 mil. O efeito colateral é que apenas três carros se credenciaram, incluindo o campeão do ano passado, quando consideramos o limite como R$ 45 mil. E ele repete a vitória, por trazer melhorias na linha 2020 e manter o preço e os custos baixos. Veja a seguir:
Revisões: R$ 1.199,70
Desvalorização: 15,3%
Seguro: R$ 1.750,00
Cesta de peças: R$ 1.989,43
Prestes a completar dois anos de Brasil, o Kwid chega com melhorias na linha 2020. Uma delas, a mais importante, diz respeito aos freios, que receberam novo servofreio e discos dianteiros ventilados. Embora não tenha mudado o espaço de parada, que era bom, agora o sistema responde mais rápido e eliminou a sensação de que "falta freio" ao carrinho, enquanto os discos ventilados dissipam melhor o calor e reduzem a possibilidade de fadiga. Por dentro, o console central ganhou porta-copos e divisórias, ficando mais prático. De resto, o Kwid mantém as virtudes que o fizeram conquistar a nossa indicação no ano passado: boa relação custo-benefício, menor desvalorização e as revisões mais baratas da categoria. Por menos de R$ 39 mil, a versão Zen já vem com ar, direção elétrica, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos e rádio com Bluetooth, além de airbags laterais (de série em todas as versões). O motor 1.0 SCe de 70 cv e 9,8 kgfm é econômico e entrega bom desempenho ao hatch, ajudado por seu baixo peso. A Renault, porém, precisa melhorar no pós-venda. Foi a marca generalista com a pior avaliação na última pesquisa da J.D. Power Brasil.
Revisões: R$ 1.424,90
Desvalorização: 21,5%
Seguro: R$ 1.900,00
Cesta de peças: R$ 2.524,21
Ainda não foi desta vez que a Fiat colocou o motor 1.0 Firefly de 3 cilindros em todas as versões do Mobi. Pelo contrário, o propulsor segue como exclusividade da versão de topo Drive, que custa R$ 45.190. Na faixa até R$ 40 mil, cabe ao modelo Easy Comfort representar a marca italiana. Ele vem com ar-condicionado e rodas aro 14", mas ainda fica devendo a direção hidráulica (que só vem a partir da versão Like). Mantém o velho motor 1.0 Fire de 4 cilindros e 75 cv (Kwid e QQ usam motores de 3 cilindros, mais modernos), que o deixa atrás dos rivais em desempenho e consumo. Também deixou a desejar nos custos, sendo o mais caro nas revisões, seguro e cesta de peças. Venceu o QQ pela maior confiabilidade, rede e desvalorização.
Revisões: R$ 1.384,34
Desvalorização: 23,6%
Seguro: R$ 1.520,00
Cesta de peças: R$ 1.747,98
Ele acabou meio esquecido dentro da ofensiva da Caoa Chery de investir em SUVs, mas o QQ ainda tem seu valor como carro de entrada. É barato, bem equipado (tem ar, direção, rodas de liga e até retrovisores elétricos nesta versão ST) e traz um motor 1.0 de 3 cilindros de 75 cv que fornece agilidade e consumo baixo. No entanto, o chinesinho ainda deixa a desejar em qualidade de construção e dirigibilidade, trazendo um arcaico eixo rígido na suspensão traseira e freios fracos, com pedal baixo e longos espaços de parada. Por fim, tem a desvalorização mais alta e uma rede pequena que ainda precisa provar seu valor.
Infelizmente, as outras opções do mercado de 0 km abaixo de R$ 40 mil são as versões mais baratas (e menos equipadas) dos carros mostrado acima. Então, a não ser que você não faça questão de ar-condicionado ou direção assistida, é melhor buscar seu próximo carro no mercado de usados. Pela tabela Fipe, com o teto de R$ 40 mil, dá para comprar um Chevrolet Onix LT 1.0 2018 (R$ 39.862), um Hyundai HB20 Comfort 1.0 2018 (R$ 39.644) ou um Ford Ka 1.0 SE 2018 (R$ 36.799), só para citar os três modelos mais vendidos do mercado nacional.
Fotos: Divulgação e arquivo Motor1.com
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