A negociação entre Mercosul e União Europeia continua. As últimas notícias dizem que o documento deve ser assinado no dia 21 de dezembro. Era esperado para a próxima quarta-feira (13), porém ambos os lados estão discutindo alguns pontos. Um deles é o prazo para abertura total de mercado para os carros europeus na América Latina, o que iria reduzir os preços e, consequentemente, a arrecadação do governo.

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Segundo o jornal Estadão, a União Europeia quer que a abertura do mercado para os veículos europeus aconteça o quanto antes, enquanto Brasil e Argentina pedem pelo maior prazo possível para a transição, de 15 anos. Por outro lado, os países latinos querem que a abertura da Europa para exportar carne e etanol em, no máximo, 10 anos.

Isto ainda causa discussões. A Europa até aceita o prazo de 10 anos para carne e etanol, mas coloca um limite para a quantidade importada abaixo do esperado por Argentina e Brasil. Outro ponto que causará discórdia é conceder benefícios para as fabricantes, de forma que possam investir mais na produção local para que possam exportar para o Velho Continente. O presidente argentino, Mauricio Macri, já fala em fazer um acordo com os sindicatos para congelar os salários (como foi feito com o setor de eletrônicos por lá), além de reduzir os impostos. Em compensação, as montadoras devem usar este dinheiro para renovar as fábricas.

Não só não temos nada deste tipo para o Brasil como ainda não foi decidido como será o Rota 2030, novo regime automotivo que deveria entrar no lugar do Inovar-Auto, que vence no dia 31 de dezembro. E vamos sair perdendo. Na Argentina, projetam que este plano faria o preço dos carros cair em 35%, por reduzir os custos de produção e impostos pagos por unidade, compensando pelo volume, com o aumento de fabricação causado pelos veículos que seriam exportados à Europa.

Fontes: Estadão e Âmbito Financeiro

Galeria: Fábrica da Honda - Sumaré - Brasil

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