Disposta a fazer parte das soluções que envolvem mobilidade e carros amigos do meio ambiente, a Ford, assim como outras fabricantes, dá cada vez mais visibilidade ao tema. Parte disso, o Fusion Hybrid 2017 chega ao mercado brasileiro com o visual atualizado do restante da gama e novidades importantes em termos de equipamentos, com destaque para as tecnologias de condução semi-autônoma. Confira as nossas primeiras impressões ao dirigir.
O que é?
Versão híbrida do carro mais vendido do segmento, o Fusion Hybrid ficou com estilo praticamente igual ao das demais versões, a não ser pelo emblema Hybrid na traseira. Discreto por fora, o sedã se destaca mesmo pelo pacote de tecnologias de auxílio ao motorista. Agora, ele possui alerta de colisão com assistência de frenagem, sistema de detecção de pedestres e piloto automático adaptativo com recurso “stop and go”, que monitora o veículo à frente e ajusta automaticamente a velocidade, sendo útil no anda e para urbano.
O pacote ainda inclui faróis full LED, sistema de estacionamento automático de segunda geração (para estacionar em vagas perpendiculares), grade dianteira com controle ativo e sistema de conectividade Sync 3, compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Na prática, esses assistentes têm como objetivo emitir alertas em situações de risco e, caso o motorista não tome nenhuma atitude, o próprio sistema pode desacelerar e parar o carro completamente. Apesar disso, a prioridade é dada aos comandos do condutor realizados no pedal e no volante.
Em termos de segurança e comodidade, o Fusion Hybrid vem equipado de série com oito airbags, monitoramento de ponto cego com alerta de tráfego cruzado, sistema de permanência em faixa, e detecção de cansaço. Outra primazia do modelo é a oferta de cintos traseiros laterais infláveis, o que ajuda a dissipar a energia de impacto no corpo em caso de colisão.
Como anda?
A Ford fez o lançamento do Fusion Hybrid 2017 na zona oeste do Rio de Janeiro, com o test-drive saindo dessa região e atravessando a cidade até o centro.
Sem mudanças sob o capô, o Hybrid continua com o mesmo trem de força de antes: motor 2.0 litros de ciclo Atkinson, de 143 cv e 17,8 kgfm de torque, associado a um motor elétrico para potência combinada de 190 cv. O câmbio automático e-CVT faz o gerenciamento dos dois motores e possui modo "low", de marcha reduzida, para aclives ou declives acentuados. Embora seja suficientemente ágil nas saídas, o sedã te convida a uma tocada suave, sem pressa. Bem progressivo, ele entrega potência sem "soluços", tudo é muito constante. E é claro que os diversos indicadores de consumo na tela configurável e os assistentes que "ensinam" a dirigir de modo mais econômico influem no ânimo do motorista. Os dois motores trabalham o tempo todo em conjunto, de acordo com a necessidade de potência, mas para quem está ao volante pouco se nota se a força vem do propulsor a combustão ou elétrico. Isso é um dos diferenciais do Fusion, já que na maioria dos híbridos a mudança é bem perceptível. Além disso, o Fusion Hybrid não permite rodar exclusivamente no modo elétrico.
Em praticamente todo o test-drive percorremos vias expressas com pavimento em boas condições, o que não permitiu avaliar de forma mais detalhada o comportamento da suspensão em pisos irregulares. A impressão inicial é de uma rodagem mais macia e suave que nas versões a combustão. O modelo híbrido também chamou a atenção pelo silêncio interno, seja parado (alimentado apenas pelo motor elétrico) ou em movimento.
Outro componente importante neste tipo de veículo, os freios regenerativos otimizam a recarga das baterias de íons de lítio (que possuem 1,4 kWh) e possuem indicador no painel. É fácil acompanhar o nível da bateria e quando ela está sendo recarregada. Falando em energia, o consumo médio no trajeto percorrido, praticamente plano e com trânsito livre na maior parte do tempo, ficou em 15,1 km/l. Dirigindo com velocidade média mais baixa o consumo fica ainda menor. É que os híbridos economizam mais em trechos estritamente urbanos, onde o motor elétrico é mais utilizado - o consumo é de 16,8 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada, pelos dados oficiais.
Quanto custa?
Mantendo o nível de conforto e dirigibilidade das demais versões, o Hybrid custa R$ 159.500 - exatamente R$ 5 mil a mais que a modelo Titanium de 248 cv com tração integral. O Fusion Hybrid é uma alternativa mais ecológica e econômica, tanto para o consumidor comum quanto para empresas que gostam de se dizer sustentáveis. Ele perde em desempenho e espaço no porta-malas (por conta das baterias), mas ganha em tecnologia, segurança e consumo. A decisão de compra vai depender mesmo do perfil do comprador. Por Julio Cesar, do Rio de Janeiro (RJ) Fotos: autor e divulgação Viagem a convite da Ford
Ficha técnica – Ford Fusion Hybrid
Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, a gasolina, 1.999 cm3, HEV iVCT, ciclo Atkinson, conjugado ao motor elétrico alimentado por bateria de íon-lítio; Potência: 143 cv a 6.000 rpm (combustão), 190 cv (combinado); Torque: 17,8 kgfm a 4.000 rpm (combustão); Transmissão: automática continuamente variável e-CVT com modo "Low"; Direção: assistência elétrica; Suspensão: independente McPherson na dianteira e control link na traseira; Freios: discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS; Rodas: liga-leve aro 18″ com pneus 235/45 R18; Peso: 1.670 kg; Capacidades: porta-malas 392 litros, tanque 52 litros; Dimensões: comprimento 4.871 mm, largura 1.852 mm, altura 1.493 mm, entre-eixos 2.850 mm; Preço: R$ 159.500.