Depois de mais de 100 anos de atuação comercial na Austrália, a Citroën confirma que deixará de vender carros no país a partir de novembro. A marca é detentora do título de companhia automotiva mais antiga em atividade contínua do mercado local, mas há anos enfrenta dificuldades para emplacar seus carros. Para se ter ideia, a fabricante vendeu apenas 87 unidades no país durante todo o primeiro semestre deste ano.
Na prática, a Citroën vendeu menos até do que marcas premium com apelo de nicho e modelos de altíssimo custo. Relatórios de vendas do primeiro semestre indicam que a francesa foi superada por Maserati (200 unidades), Ferrari (113), Lotus (102) e Bentley (102). Em outras palavras, ficou à frente apenas da Aston Martin (86), McLaren (41) e Rolls-Royce (26). A líder de mercado do período foi a Toyota, com 144.006 unidades entregues, enquanto a Ford ficou em segundo com 57.371 registros.
Atuante no mercado australiano desde 1923 (apenas quatro anos depois de ser fundada na França), a Citroën começou sua trajetória com produção local e grandes planos de crescimento no país. No entanto, os resultados alcançados não atenderam às expectativas e a marca acabou perdendo espaço para rivais europeias, americanas e, principalmente, asiáticas. Hoje, a empresa conta com apenas 9 revendedores em toda Austrália e portfólio composto pelos modelos o C3 (geração passada), C4, C5 Aircross e C5 X.
Em comunicado, a Citroën explica que a rede local deixará de vender veículos no dia 1º de novembro e, depois disso, haverá apenas manutenção e reparos. A marca diz que honrará a garantia de 5 anos sem limite de quilometragem dos modelos vendidos, bem como as revisões de preço tabelado em todos os 35 centros de serviço que mantém no país. O melhor ano de vendas da Citroën no mercado australiano foi 2007, quando 3.803 unidades foram entregues. Em 2021, porém, esse número caiu para apenas 175 unidades.
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