O Citroën Basalt faz uma pré-estreia no estande que a Stellantis montou no Rio Innovation Week, um evento voltado para inovação e tecnologia, realizado nos antigos armazéns do porto do Rio de Janeiro. Na exposição, que acontece entre os dias 13 e 16 de agosto, o Basalt está sendo apresentado pela primeira vez ao público (antes, foi mostrado, sob pesada camuflagem, em uma cerimônia na fábrica de Porto Real, para o governador do Estado do Rio).
Por enquanto, o Basalt está envelopado com leve camuflagem preta amarela e branca (cores clássicas da Renault?), que cobre até as rodas de liga leve. Os vidros escurecidos e as portas trancadas não permitem ver o interior. Um totem digital ao lado do carro traz imagens de divulgação já conhecidas e não inclui qualquer informação técnica. Mas, como o fastback da Citroën está sendo exibido entre um C3 normal e um C3 Aircross 7, já é possível fazer algumas comparações “ao vivo”.
A primeira impressão: o Basalt é bem mais baixo que o C3 Aircross. Isso não se dá apenas pela curvatura mais suave do teto. mas também pela suspensão. O vão livre do Basalt é pelo menos uns 3 cm menor que o do C3 Aircross. O vão entre os pneus e os pára-lamas também é bem menor no Basalt. E olha que o pré-série exposto no Rio está calçado com pneus Dunlop Enasave na medida 205/60 R16, bem mais baixos que os Pirelli Scorpion 215/60 R17 do C3 Aircross.
O conjunto óptico dianteiro dos três carros (incluindo os faróis auxiliares) é basicamente o mesmo. À primeira vista, aliás, o clip dianteiro do Basalt parece igual ao do Aircross, a começar pela grade do radiador - mas uma observação mais atenta revela um monte de pequenas diferenças. A barra central da grade do Aircross faz uma suave curva para cima em suas extremidades. No Basalt, a barra é reta. Além disso, o fastback tem quinas menores e mais suaves na régua inferior do pára-choque dianteiro.
Os pára-lamas dianteiros do Basalt foram alisados em relação aos do irmão mais velho: suprimiram um vinco que se estende desde a grade até as colunas A do Aircross. Isso deve dar ao novo modelo um ar mais urbano e menos SUV (apesar de a Stellantis chamá-lo de SUV Coupé).
Mas, curiosamente, as molduras plásticas dos pára-lamas do Basalt têm topo mais reto e um ar mais agressivo que no Aircross (onde são bem arredondadas). As maçanetas são idênticas, bem como os vincos na parte inferior das portas. Já as saias laterais são mais afiladas no Basalt, enquanto têm ares de estribo no Aircross. No teto do novo modelo, nada dos racks do irmão.
Além de mais baixo, o Basalt obviamente é mais comprido que o Aircross, graças a seu balanço traseiro bem mais pronunciado. Mal comparando, a silhueta, bem como a lanterna cheia de relevos nos lembraram um pouco o Fiat Brava (1999-2003). Ou, para ficar na Citroën, o caimento traseiro do Xantia.
Em relação ao “primo” Fiat Fastback, o Basalt tem lanternas traseiras mais altas e curtas (não invadem tanto a tampa traseira). Seu relevo bem saltado em relação aos pára-lamas poderá ser um problema nos encontros com os baús das motos de entregas. Enquanto o pára-choque traseiro do C3 Aircross tem uma barra inferior bem marcada, de SUV aventureiro, o Basalt traz um desenho mais delicado. A tampa do Basalt, aliás, não vai até lá embaixo.
O estepe do C3 Aircross é montado externamente embaixo do carro, mas o sobressalente do Basalt vai bem guardado dentro do porta-malas. A suspensão traseira dos dois parece a mesma, por eixo de torção. Ambos trazem freios a tambor atrás.
Em resumo: o Basalt terá uma imagem mais urbana que a do aventureiro Aircross. Já o “primo” Fiat Fastback é mais sóbrio e refinado que os dois Citroën. E nenhum painel externo de um modelo encaixa no outro.
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