BYD quer chegar a 350 mil carros vendidos por ano no Brasil até 2028
Chinesa quer estar entre as três fabricantes mais vendidas do país
Experimentando um momento bem mais favorável no Brasil em comparação com a Europa, com as vendas crescendo a cada ano, a BYD está sonhando bem alto. A fabricante chinesa tem algumas metas bem ambiciosas para o mercado brasileiro, querendo vender 350 mil carros por ano em 2028, o que será o suficiente para colocar a empresa entre as três marcas mais vendidas do país.
Em abril, executivos da BYD já haviam dito que estavam mirando no top 3 do Brasil. “A BYD quer estar no Top 3 do mercado brasileiro em 2027”, disse Henrique Antunes, diretor de vendas da empresa no Brasil. Esta meta foi reiterada por outras pessoas dentro da empresa, que foram ainda mais categóricos sobre o objetivo, dizendo que querem chegar a 350 mil unidades vendidas por ano em 2027.
BYD King DM-i - Lançamento no Brasil
A quantidade parece absurda, mas Antunes explicou o otimismo por trás disso. “Em 2002, vendemos apenas 250 carros no Brasil. No ano passado foram 18 mil, quando tínhamos apenas 28 revendas. Agora temos cem concessionárias e já vendemos 20 mil carros desde janeiro. Como serão 200 lojas até dezembro, devemos fechar 2024 com 100 mil carros emplacados. Vamos vender 300 mil em 2027… Vai acontecer!”, disse o executivo em abril.
BYD Song Pro DM-i também está chegando
Olhando para o mercado hoje, 300 mil unidades ainda não deixaria a BYD no top 3. Em 2023, o pódio foi composto por Fiat (475.517 unidades emplacadas), Volkswagen (344.995) e General Motors (328.020). Chegaria bem perto, ficando com uma confortável 4ª posição, ocupada pela Toyota, que vendeu 192.276 veículos no ano passado. Se a bater a meta de 350 mil unidades, a chinesa roubaria a colocação da VW e empurraria a GM para fora do pódio.
Para chegar neste volume, a BYD está complementando a sua linha com a adição de carros híbridos. Este mês, o Song Pro chegará às lojas, como uma alternativa mais barata ao Song Plus. Para junho, a empresa prepara o lançamento do sedã médio King, em duas versões e com preço por volta de R$ 180 mil. Por volta de setembro ou outubro, será a vez da picape Shark.
BYD Shark 2025
Enquanto lança os híbridos, o trabalho na futura fábrica em Camaçari (BA) continua, com a previsão de iniciar a produção entre o final de 2024 e começo de 2025. O complexo será muito importante, não só por aumentar o volume e reduzir o tempo de espera dos clientes, como também para driblar os impostos sobre carros híbridos e elétricos importados. Oficialmente, a BYD fala sobre montar Dolphin, Dolphin Mini, Song Plus e Yuan Plus na Bahia, mas já estuda fazer também a Shark.
Além de ter uma linha maior e com uma produção nacional, a BYD ainda precisa resolver algunas problemas. Um deles é a falta de concessionárias. Em maio, a empresa comemorou a inaguração de sua 100ª loja, porém ainda é pouco, pois o plano é chegar a 250 concessionárias até o final de 2024 – ou seja, mais que dobrar os pontos de venda. Outra dificuldade é que, com o ritmo acelerado para atender as encomendas, a chinesa enfrenta problemas para entregar as peças de reposição. Antunes explica que a BYD já tem um estoque em um centro de distribuição em Cariacica (ES), porém ainda não consegue fazer um estoque nas concessionárias.
Claro que entrar no top 3 depende de alguns fatores que a fabricante chinesa não tem controle, pois a concorrência não está parada. A Volkswagen prometeu 16 lançamentos até 2028, enquanto a GM investiu R$ 7 bilhões para renovar toda a sua linha nos próximos quatro anos. Até a Toyota prepara novidades, como o inédito Yaris Cross e uma picape intermediária inédita.
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