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Greve nos EUA paralisa produção da Ram 1500 na maior fábrica da Stellantis

Cerca de 6.800 trabalhadores cruzaram os braços na planta de Sterling Heights

Stellantis Sterling Heights Assembly Plant
Foto de: Ram

As greves deflagradas nos Estados Unidos pelo sindicato United Auto Workers, que reúne trabalhadores do setor automotivo, continuam afetando diretamente o funcionamento das fábricas no país. A paralisação mais recente atinge em cheio a Stellantis e acontece na planta de Sterling Heights, no estado do Michigan.

Considerada a maior e mais lucrativa da empresa, a unidade está sediada em uma área de mais de 115 hectares. Por lá, os funcionários cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira (23) e paralisaram completamente a produção da picape Ram 1500, que também é vendida no Brasil.

Ram 1500 Rebel

De acordo com o sindicato, que reivindica principalmente melhorias salariais, a paralisação foi motivada por falta de acordo com a direção da empresa. Segundo o UAW, a Stellantis apresentou a pior proposta entre os grande grupos automotivos do país. “Está atrás da Ford e da General Motors no atendimento às demandas da força de trabalho do UAW”, disse o comunicado.

Além do funcionamento das fábricas, a greve generalizada afetou a participação da Stellantis em diversos eventos importantes. Recentemente, grupo confirmou que não estará presente nas próximas edições do SEMA Show, do Salão de Los Angeles e da CES (tradicional feira de tecnologia que acontece na Califórnia). A empresa atribuiu a decisão aos custos gerados pela paralisação, que teve início no último dia 12 e não tem previsão de encerramento.

Linha de montagem da Ford Super Duty 2023 nos EUA

Ford também está com produção afetada pelas greves

Entre as principais demandas, o UAW busca recuperar auxílios perdidos na grande crise que atingiu o setor na última década, melhorias salariais de 40% (incluindo 20% imediatos) e plano de ampliação de aposentadoria. Segundo a agência de notícias Automotive News, Ford, General Motors e Stellantis ofereceram aumento de 23%. 

A greve já conta com a participação de mais de 40 mil trabalhadores e afeta 7 fábricas e 38 centros de distribuição de peças, espalhados por 22 estados.

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