Um modelo importante do mercado brasileiro vai nos deixar. É o Volkswagen Voyage, que segundo apuração do site Automotive Business já teve sua produção encerrada na fábrica de Taubaté, interior de São Paulo. Ainda de acordo com a publicação, o Gol terá o mesmo destino, mas ficará vivo até dezembro, quanto também a chave da linha de montagem será desligada.
Voltando a falar do sedã, o Automotive Business junto do Autos Segredos consultou 10 concessionárias em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador, que confirmaram que o Voyage parou de ser entregue nas lojas há algumas semanas. Novamente a informação passada pela rede é que o sedã compacto derivado do Gol saiu de linha no complexo fabril de Taubaté, mas a oficialmente a Volkswagen não confirma o fim do modelo.
Apesar de estar em seu último ano de vendas, o Voyage até que não vai mal para um modelo cujo projeto já tem 14 anos nas costas (seu lançamento foi em 2008). De janeiro a setembro deste ano, o sedã mais barato da Volkswagen emplacou 23.020 unidades, praticamente o mesmo volume acumulado no mesmo período nos anos de 2018, quando vendeu 23.481 carros, ou 2019, último ano antes da pandemia quando emplacou 23.494 carros.
Até o momento, o Voyage ocupa a 19ª colocação no ranking de vendas, enquanto que em 2021 vendeu o total de 28.593 unidades e terminou aquele ano na 18ª colocação. Com o encerramento da entrega do sedã nas concessionárias, dificilmente ele conseguirá superar o volume do ano passado em 2022. Mesmo assim é um desempenho relevante, mesmo que 97,6% de suas vendas no acumulado de 2022 sejam para empresas.
Atualmente, o Voyage é comercializado em versão única com motor 1.0, que rende 84 cv e 10,4 kgfm de torque com etanol ou 75 cv e 9,7 kgfm quando abastecido com gasolina, trabalhando sempre com câmbio manual de cinco marchas. O preço de tabela atual é R$ 89.850, preço que pode subir para R$ 99.870 se equipado com pacote Urban Completo (R$ 8.410) e pintura metálica (R$ 1.610).
O Voyage foi vendido no Brasil em dois momentos: entre 1982 e 1995, com a famosa carroceria quadrada do projeto BX, enquanto que quando o Gol virou a chave para a versão “bolinha” em 1995, o sedã deixou de existir para dar espaço anos depois ao Polo Classic. O Voyage ressuscitou em 2008 na nova geração do Gol, mesmo carro até hoje e que usa a plataforma PQ24 lançada lá em 2002 no Polo e que serviu de base também para o Fox no ano seguinte.
Os anos passaram e ele ganhou uma reestilização em 2012, quando adotou faróis próximas do Fox e lanternas horizontais, em 2016 e a última em 2018 com a frente alta da Saveiro. Teve motor 1.6 MSI de 16V e até versão automática por alguns anos, trazendo basicamente o mesmo conjunto do Polo 1.6 MSI que já saiu linha. Mas desde 2021 passou a ser vendido apenas com motor 1.0 12V de até 84 cv.
Enquanto a apuração indica o fim da produção do Voyage em Taubaté, o Gol seguirá em linha em fabricação até dezembro. A Volkswagen precisa entregar as últimas unidades para frotistas e locadoras, que estavam com uma encomenda atrasadas por conta da falta de semicondutores. Além disso, o Gol não é comercializado para vendas diretas desde o começo deste mês. Oficialmente, a Volkswagen afirma que Gol e Voyage "permanecem disponíveis apenas para o varejo". O hatch aparece no site oficial por R$ 77.250, podendo chega a R$ 87.230 com pintura metálica e pacote Urban Completo.
Com o fim do Gol em dezembro, a Volkswagen ficará um tempo sem vender um carro compacto básico, missão que ficará a cargo do Polo Track – versão de entrada do Polo que será lançada apenas no ano que vem. É especulado ainda uma série de despedida do Gol, assim como a Kombi em 2013, seria batizada de Last Edition e teria algumas novidades visuais, porém com o mesmo motor três cilindros de 1,0 litro.
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