A apresentação do novo VW Polo 2023 nos trouxe diversas surpresas. O hatch ficou mais barato, mas simplificou diversos pontos, como a versão menos potente do motor 1.0 turbo, não ter os freios a disco traseiro, faróis de neblina e outros detalhes. Recebeu faróis full-LEDs e outros itens, mas a estratégia da Volkswagen parece estar em tirar o Polo da briga com o Nivus.
Desde a chegada do Nivus em 2020 que o Polo precisava brigar mais pelo cliente na concessionária. Além disso, o abastecimento de componentes priorizou por muito tempo os SUVs da marca nas linhas de produção, o que acabou "escondendo" o Polo por um tempo. Nem mesmo seus preços estavam ajudando muito.
O Polo Highline 2022, com motor 1.0 turbo 200TSI, era tabelado a R$ 116.990 antes da reestilização, enquanto o Nivus Comfortline, que tem um pacote de equipamentos com alguns itens a menos porém oferece o pacote de assistentes de condução custa R$ 121.670. Agora por R$ 109.990, o Polo Highline 2023 fica mais distante da briga com o Nivus, mas com motor de 116 cv e simplificado em diversos pontos. Ou seja, se o cliente quer o motor 200TSI, freio a disco nas 4 rodas e outros equipamentos, o concessionário oferecerá o Nivus ou T-Cross, SUVs mais rentáveis e, se não quiser gastar tanto, terá o Polo na linha.
Diante da concorrência
O Polo 200 TSI se orgulhava diante da concorrência. Era o mais potente entre os 1.0 turbo, mas cobrava no consumo e no preço. Para ter um carro mais econômico e mais barato, a engenharia trabalhou olhando os números de potência e torque dos demais hatches compactos do mercado brasileiro. Veja como fica com o novo Polo 2023.
| Polo 170TSI | HB20 1.0T | Onix 1.0T | City Hatch 1.5 | |
| Potência | 109/116 cv | 120 cv | 116 cv | 126 cv |
| Torque | 16,8 kgfm | 17,5 kgfm | 16,3/16,8 kgfm | 15,5/15,8 kgfm |
O Hyundai HB20 assume como o mais potente e com mais torque. O Polo 170 TSI tem os mesmos números do Chevrolet Onix com etanol, mas é o menos potente quando abastecido com gasolina. Ao mesmo tempo, nenhum deles possui freio a disco na traseira, algo que o Polo 170TSI perdeu na comparação com o 200TSI e ficou reservado ao GTS, que ainda será apresentado.
Segundo a Volkswagen, a adoção dos tambores traseiros não prejudica a capacidade de frenagem do Polo. E sobre o motor, executivos da marca afirmam que a decisão tem a ver com as novas normas do Proconve L7, onde o Polo acabou se sacrificado para permitir manter o motor mais potente nos SUVs Nivus e T-Cross - e podemos esperar que o Virtus siga o mesmo caminho do Polo quando for reestilizado.
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