Novo Citroën C3 2023 será menos Mobi e Kwid, mais Onix e Argo

Apesar do comprimento abaixo dos 4 metros, novidade se destaca no entre-eixos

Leo Fortunatti

Por: Leo Fortunatti

16 Junho 2022 em 09:00

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Nas próximas semanas, o novo Citroën C3 será revelado em definitivo. Sua missão será aumentar o volume de vendas da marca, que hoje vive basicamente de modelos comerciais e do C4 Cactus, para a alegria dos concessionários. Mas quando o observamos em nosso mercado, seu posicionamento será também diferente do que vimos até então.

O primeiro ponto é que a Citroën não está o divulgando como um SUV, apesar do seu aspecto aventureiro, mas sim como um hatchback "com toques de SUV", justamente pela suspensão mais alta, apliques na carroceria e até mesmo barras no teto, elementos que são comumente vistos nos SUVs e aventureiros. Ainda bem.

Em dimensões, o novo C3 já teve elas divulgadas na Índia, onde também será vendido. Apesar de nas fotos ele parecer um carro mais voltado para um subcompacto, como Renault Kwid e Fiat Mobi, ele é maior e está no mesmo patamar dos hatches compactos. Seus 3,98 m de comprimento o deixam próximo do Fiat Argo (4 metros), mas é maior que o Hyundai HB20 (3,94 m) e bem maior que os subcompactos Kwid (3,68 m) e Mobi (3,57 m).

Mas seu entre-eixos chama a atenção. São 2,54 m, 2 cm maior que o Argo e 1 cm menor que o Chevrolet Onix, que tem um comprimento de 4,16 m, um dos maiores do segmento. É maior também que o HB20 (2,53 m), o que nos leva a acreditar em um bom espaço interno apesar do comprimento menor. É notável isso também pelos curtos balanços dianteiros e traseiros. Ou seja, apesar de menor no comprimento, quer pegar clientes pelo espaço interno.

O Peugeot 208 com o motor Firefly também nos dá um caminho sobre o novo C3. Os dois franceses dividem a plataforma CMP, a modular que fará sua estreia em Porto Real (RJ), e o trabalho da engenharia no 208 é praticamente o mesmo no C3 para a adoção do motor de origem Fiat nos franceses. O 1.0 Firefly, de 3 cilindros aspirado, estará ligado a um câmbio manual de 5 marchas nas versões mais baratas.

Um mistério ainda está sobre o novo Citroën C3. Já sabemos que ele terá versões com câmbio automático, mas qual conjunto da Stellantis: o 1.6 aspirado com a caixa de 6 marchas que já está no 208 e pronta na plataforma, ou o 1.3 Firefly, 4 cilindros, com a caixa CVT que conhecemos de Pulse e Strada e em breve estará em Argo e Cronos? Apostamos na primeira, mas nada 100% concreto.

Os preços deverão ser competitivos, ao menos é o que promete a Citroën. Considerando a faixa de valores dos hatches compactos em suas versões de entrada e as mais caras dos subcompactos, o novo C3 deverá ter uma tabela iniciando em cerca de R$ 70 mil, com sua versão mais cara perto dos R$ 90 mil, já com câmbio automático. Isso veremos nas próximas semanas, com seu lançamento oficial.