Vendas de motos na Europa crescem 8%, mas mercado ainda está instável

Os vendas de motos no mercado europeu estão uma verdadeira montanha russa nos últimos dois anos. Graças ao crescimento em países do Leste Europeu, os números de vendas na região estavam em alta no final de 2019. É claro que, como todas as indústrias, o mercado de motocicletas se deparou com a crise sanitária de 2020, mas os fabricantes até começaram a vender mais unidades após depois do susto inicial.

Apesar da volatilidade do mercado na era pandêmica, os territórios europeus permaneceram estáveis ao longo de 2021. Em janeiro de 2022, a região registrou um aumento de 22% nas vendas de motos na comparação com o mesmo mês em 2021. Por outro lado, o efeito se dissipou pouco depois: as vendas de março de 2022 subiram somente 2,5%.

Em números totais, o mercado europeu terminou o 1º trimestre de 2022 com 341.869 unidades vendidas, um aumento de 8% em relação ao três primeiros meses de 2021. No entanto, a desaceleração do crescimento nos números de vendas podem sugerir uma diminuição do interesse de compras por lá. Devido a meses de alta demanda e produção reduzida, muitos fabricantes esperavam manter o ritmo de crescimento do ano passado, mas a produção continua inconsistente como resultado da escassez da cadeia de abastecimento e outros desafios logísticos.

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O conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia também apresenta problemas para o setor. Muitos previram que a expansão econômica e a maior demanda de veículos elétricos  impulsionariam o mercado em 2022, mas a invasão russa da Ucrânia praticamente estagnou a evolução deste cenário. Os preços dos combustíveis aumentaram na Europa após o conflito, enquanto os modelos elétricos ainda não estão disponíveis em larga escala.

Além do aumento dos preços dos combustíveis e da energia, a inflação em rápido crescimento também afetará o poder de compra dos consumidores. Separadamente, marcas como BMW e Ducati já apresentaram números positivos de vendas no primeiro trimestre de 2022, mas a maioria dos analistas acreditam que o mercado europeu continuará instável até que o conflito entre russos e ucranianos seja resolvido.