Em uma situação cada vez pior no mercado brasileiro, o Mercedes-Benz Classe A Sedan terá sua oferta reduzida. Motor1.com apurou com a fabricante que as concessionárias estão vendendo as últimas unidades em estoque da versão A200 e que não será mais importada da Hungria. Após o fim das vendas, o CLA voltará a ser o sedã mais acessível da marca alemã e o A200 só retornará caso exista uma demanda.
Esta movimentação para o Mercedes-Benz Classe A Sedan no Brasil não é bem uma surpresa. O carro vinha do México, mas nunca foi um sucesso de vendas, nem mesmo no mercado norte-americano. Em baixa, acabou tendo sua produção mexicana encerrada para fazer mais unidades do GLB. Assim, o Classe A Sedan passou a ter sua fabricação concentrada na Alemanha para o mercado global. Porém, nem assim tem chances de seguir em frente, pois a Mercedes-Benz já confirmou que encerrará as vendas do carro no Canadá e Estados Unidos.
Por R$ 292.990, o Classe A Sedan teve um resultado bem morno no Brasil. Em 2021, emplacou 209 unidades, ficando atrás do Audi A3 Sedan (349 unidades), que trocou de geração no segundo semestre, e o BMW Série 2 Gran Coupé (253). Até o CLA teve um resultado melhor, somando 266 veículos emplacados no ano passado, mesmo que custe mais do que o Classe A Sedan, o que justifica a razão para focar no cupê de quatro portas.
O sedã é vendido em duas versões. A A200 custa R$ 292.900 e utilizar o motor 1.3 turbo de 163 cv e 25,5 kgfm de torque. É o mesmo propulsor que a Renault começou a usar em Captur, Duster e, em breve, na picape Oroch, desenvolvido em uma parceria entre as duas fabricantes. É a única versão “civil”, pois logo acima está o Mercedes-AMG A35 Sedan, com um 2.0 turbo de 306 cv e 41 kgfm, e que tem preços entre R$ 429.900 e R$ 439.900. Nossas fontes dizem que o A35 seguirá no mercado.
O futuro do Mercedes-Benz Classe A Sedan não parece muito bom. O site Motor.es afirma que a fabricante ainda estuda se fará uma nova geração para o sedã, por conta do encolhimento do segmento em diversos mercados, especialmente na Europa. Além disso, a merca comentou anteriormente que “exagerou” na criação de sua linha de entrada e que acabaria enxugando o portfólio nos próximos anos. A expectativa é que continue a ser vendido até 2025, para depois ser substituído de vez pelo CLA.
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