Paris (FRA) está há muito tempo no centro de uma grande mudança na mobilidade urbana. Além de implementar diversas ciclovias nos últimos anos, a prefeitura decretou recentemente uma lei proibindo todas as motocicletas fabricadas antes do ano 2000 de circular na cidade. Mais recentemente, a cidade está travando uma batalha contra a poluição sonora.

Soluções radicais, como radares de barulho voltados especificamente para veículos fora das especificações, já estão sendo testadas por lá. Mais recentemente, parece que a cidade pode simplesmente proibir todas as motos movidas a gasolina de rodar dentro dos limites do município.

A prefeitura de Paris realizou recentemente uma consulta entre os moradores para encontrar formas de reduzir a poluição sonora na cidade. A consulta foi concluída na semana de 10 de janeiro e 142 novas propostas com mais de 26 mil votos foram apresentadas. Uma das quais parece ser uma solução bastante extrema: a proibição total da circulação de motos a combustão na capital francesa. Pode parecer uma solução estranha, pois há várias pessoas que dependem das motos no dia-a-dia, e não estamos falando apenas de entregadores. Certamente não seria justo separá-los por causa da poluição sonora.

Sem surpresas, a proposta não obteve uma votação unânime. No entanto, teve uma votação expressiva, com 944 votos a favor e 307 votos contra. Agora, se a prefeitura vai ou não implementar medidas tão drásticas ainda é incerto, mas isso certamente sugere a triste noção de que o fim das motos movidas a combustão interna está muito mais próximo do que pensamos, pelo menos em Paris.

Pessoalmente, é difícil imaginar que Paris estaria tomando medidas tão drásticas para resolver o problema da poluição sonora. Não sei até que ponto as motocicletas e scooters estão perturbando a paz e a ordem dos parisienses.

Entretanto, a solução proposta parece ser muito dura, pois nem se preocupa em levar em consideração o que os usuários de motocicletas e scooters têm a dizer. No entanto, nada está definido, pois a proposta, assim como as outras 141 propostas, serão todas sujeitas a um relatório no plano parisiense de redução do ruído no próximo trimestre.

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