A crise global gerada pela falta de chips e semicondutores deverá impactar diretamente os planos industriais da Toyota. Em comunicado, a marca admitiu que enfrenta dificuldades para atingir a meta produção traçada para o ano fiscal de 2021 (a ser encerrado em março) e que só em fevereiro deixará de fabricar cerca de 150 mil veículos.

O corte, realizado especialmente em fábricas do Japão, compromete diretamente a meta inicial que previa 9 milhões de unidades produzidas no ano. “Como resultado da revisão, esperamos que a previsão de produção anual completa para o ano fiscal que termina em 31 de março de 2022 seja menor do que a projeção anterior de 9 milhões de unidades”, disse a marca em comunicado.

Galeria: Fábrica Toyota em Sorocaba

A Toyota começou o ano fiscal otimista, desafiando a concorrência e registrando lucros recordes apesar dos primeiros indícios da crise dos microchips. Na metade do ano, porém, os ventos mudaram e a marca acabou sentindo os impactos da escassez de componentes, sendo obrigada a alterações profundamente os planos de produção.

As paralisações afetaram fábricas da empresa em todo o mundo, incluindo as plantas brasileiras de Sorocaba e Porto Feliz. Os cortes mais recentes, realizados no Japão, atingem diretamente a produção dos modelos Toyota Prius, RAV4, C-HR e Camry, bem como veículos da divisão de luxo Lexus, incluindo os sedãs LS e IS e os crossovers NX e UX.

Toyota Yaris Cross producao (5)

Apesar de toda a crise, a Toyota registrou aumento de consideráveis 48% no lucro operacional no segundo trimestre fiscal, de julho a setembro. O resultado foi alcançado graças ao controle de custos agressivo e às taxas de câmbio favoráveis. Não à toa, a marca elevou suas previsões de lucro do ano inteiro para níveis quase recordes, mesmo reduzindo as perspectivas de vendas.

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