De olho no promissor mercado de veículos de segunda mão, a Toyota lança na Europa inovador plano de atualização de modelos usados. O projeto será implementado inicialmente no Reino Unido, onde a marca utilizará as instalações de sua própria fábrica local para recondicionar a frota de seminovos. A ideia é ampliar o ciclo do vida dos veículos e agregar valor durante todo o período, criando um novo filão a ser explorado.

"Acho que estamos muito familiarizados com os ciclos usuais de dois a três anos, que são extremamente populares no Reino Unido. No entanto, precisamos ir além desse ciclo de dois a três anos e dizer: 'Ok, o que acontece nesse segundo ciclo e depois no terceiro ciclo?'", afirmou Agustín Martín, presidente e diretor administrativo da Toyota no mercado britânico.

Galeria: Toyota Yaris 2020 (Europa)

O projeto será realizado em parceria com a Kinto, empresa de mobilidade e gestão de frotas da própria Toyota. "Temos que expandir a maneira como vemos a vida útil do carro e como isso pode beneficiar o cliente", completou Martín. Detalhes específicos do processo de renovação não foram revelados, mas o executivo garante que os trabalhos serão feitos "no melhor nível para garantir que o segundo dono tenha um veículo o mais novo possível".

O mesmo processo poderá ser realizado por até três ciclos de vida, o que permitirá à Toyota manter o cliente durante os 10 anos de vida comercial do veículo. Após esse período, a marca concentrará esforços na reciclagem de carros da maneira mais eficiente possível. Nesse sentido, Mantín declarou que o foco será no sentido de evitar desperdícios e reduzir o impacto ambiental da produção de veículos novos.

Toyota Yaris Cross producao (5)

A expectativa é que o programa seja ampliado posteriormente para outras regiões da Europa. Além do Reino Unido, a Toyota também mantém fábricas em outros países do continente, como na França. O mercado local de usados, vale lembrar, é bastante atrativo. Na Espanha, por exemplo, cerca de dois carros usados são vendidos para cada veículo novo. Já na França e na Alemanha, são três seminovos para cada zero km.

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