A crise gerada pela escassez de microchips obrigará a Opel a fechar uma de suas principais fábricas na Alemanha. De acordo com a marca, a planta de Eisenach, na região central do país, terá operações suspensas até o final do ano e deixará de produzir motores e veículos (incluindo modelos eletrificados). O retorno acontecerá apenas em 2022, mas nenhuma data foi confirmada.

"O setor encontra-se em situação excepcional devido à pandemia e à escassez mundial de semicondutores”, disse um porta-voz da montadora. “Nesta situação difícil, a Stellantis planeia ajustar a sua produção”, completou. O grupo Stellantis, não custa lembrar, é o principal controlador da marca.

Galeria: Opel Grandland 2021

A planta emprega aproximadamente 1.300 trabalhadores e todos serão temporariamente dispensados, disse a Opel. A situação nada favorável obrigou a Stellantis a interromper a produção em outras fábricas, não só na própria Europa como também no Canadá. O grupo estima que produzirá 1,4 milhão de veículos a menos neste ano devido à falta de chips.

Fundada em 1990, a fábrica de Eisenach já produziu modelos históricos da Opel, entregando ao longo de três décadas mais de 3 milhões de exemplares. De 1993 até 2019, por exemplo, concentrou a montagem do Corsa. De 2013 a 2019 fabricou também o pequeno Adam e atualmente abriga as linhas de montagem do SUV Grandland X, tanto nas versões convencionais quanto na híbrida PHEV.

Crise global

Os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas modernos de entretenimento, segurança, ar-condicionado, iluminação, transmissão e assistência ao motorista são incapazes de funcionar. Em decorrência das paralisações geradas pela pandemia em 2020, a produção desses componentes foi afetada, atingindo diretamente a cadeia global de insumos.

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