A Mitsubishi deverá promover consideráveis mudanças na estratégia de mercado para o Japão nos próximos anos. De acordo com reportagem do jornal Nikkei Asia, a marca deixará de desenvolver plataformas para veículos de passeio a partir de 2026 e passará a comercializar localmente modelos baseados em arquiteturas da Nissan. Com a mudança, a empresa espera racionalizar custos e direcionar mais investimentos para o desenvolvimento de elétricos.

Naturalmente, os novos modelos não serão simples cópias. A ideia é que adotem plataformas Nissan, mas continuem com design, motores e interiores típicos da Mitsubishi. Prova disso é a nova geração do Outlander, que combina todas as características da empresa (identidade visual, acerto de suspensão, estilo do painel e etc.) com uma plataforma de origem Nissan (a mesma base do Rogue/X-Trail).

Galeria: Já dirigimos: Mitsubishi Outlander 2022

A estratégia não chega a ser exatamente surpreendente, tendo em vista a já esperada sinergia entre as marcas. Além disso, acaba por refletir a preocupação das empresas com os crescentes custos de desenvolvimento de EVs. Além do Japão, o esquema poderá ser adotado também na Europa - neste caso, com plataformas fornecidas pela Renault.

A marca até pensou em sair da região, mas mudou de ideia e deverá permanecer em mercados específicos com a oferta de dois inéditos modelos baseados em arquiteturas da parceira francesa. Ambos serão lançados por volta de 2023 e até agora não tiveram identidades reveladas (SUVs são uma forte possibilidade).

Atualmente, a Mitsubishi conta com 8 plataformas em operação no mundo e planeja reduzir esse número para apenas 4 em 2026. Mercados do sudeste da Ásia e da Oceania são atualmente os mais rentáveis para a empresa, gerando quase cinco vezes mais lucro do que todas as outras regiões globais.

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