Fazem 6 anos que o Brasil não produz tanta moto. Dados da Abraciclo, entidade que reúne as principais fabricantes nacionais, divulgou os dados de produção de suas associadas em agosto. No mês passado, foram 123.722 unidades produzidas em sua maioria no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Por lá ficam as principais fábricas, como a da Honda e da Yamaha. O número de agosto representou um crescimento de 30,2% sobre o registrado em julho, quando 95.025 motocicletas 0km foram fabricadas. Foi o segundo melhor resultado do ano, ficando atrás apenas de março, quando 125.556 unidades saíram das linhas de montagem brasileiras.

Honda - Fábrica em Manaus

No acumulado entre os meses de janeiro e agosto de 2021, já foram fabricadas 787.610 motocicletas, alta de 33,8% na comparação com o mesmo período de 2020 (588.495 unidades). Segundo dados da Abraciclo, esse é o melhor resultado para os oito primeiros meses do ano desde 2015, quando a produção totalizou 913.972 motocicletas. A previsão da associação é de que mais de 1,2 milhão de unidades sejam fabricadas neste ano.

Os números de produção, porém, foram na contramão dos emplacamentos em agosto. No mês passado, as vendas de moto no Brasil caíram 8,77% na comparação com julho. Segundo Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, "o recuo nas vendas já era esperado devido às férias coletivas de julho que reduziram a oferta de motocicletas no mercado".

O bom resultado das fábricas em agosto, por outro lado, seria resultado da retomada do setor e do esforço das montadoras para atender seus consumidores. "As fabricantes trabalham para atender a demanda do mercado, que segue em alta, especialmente por modelos de entrada e de baixa cilindrada, muito utilizadas como instrumentos de trabalho e transporte de baixo custo”, afirmou o executivo.

Ainda de acordo com Fermanian, um dos motivos para a recuperação do setor de duas rodas no Brasil seria que a "motocicleta é mais barata, tem baixo custo de manutenção e permite deslocamentos mais rápidos na comparação com os carros. Aliado a isso, a alta dos combustíveis está levando muitas pessoas a trocarem o volante pelo guidão".

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