A crise que há meses afeta a indústria automobilística global pela falta de semicondutores tende a se agravar e continuar comprometendo a produção de veículos em 2022. De acordo com a fabricante japonesa Rohm, principal fornecedora de microchips para Toyota e Honda, não há precisão de volta à normalidade para o setor, principalmente em razão da escassez de matéria-prima e da capacidade de produção no limite.

“Todas as nossas instalações de produção estão operando em capacidade máxima desde setembro do ano passado, mas os pedidos dos clientes são esmagadores”, disse o CEO Isao Matsumoto. “Não acho que possamos cumprir toda a carteira de pedidos no próximo ano", alertou.

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As preocupações da Rohm se juntam às dificuldades encontradas por outra fabricante do segmento, a Infineon, que vem sofrendo com o recrudescimento da pandemia na Malásia. O país, grande polo fornecedor de chips, teve de fechar fronteiras para conter o avanço da COVID-19 e acabou por interromper toda a cadeia de fornecimento do produto. O prazo para entrega dos componentes já ultrapassa 20 semanas.

Os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas modernos de entretenimento, segurança, ar-condicionado, iluminação e assistência ao motorista são incapazes de funcionar. Em decorrência das paralisações geradas pela pandemia em 2020, a produção desses componentes foi afetada, atingindo diretamente a cadeia.

“A crise atual é decorrente da falta de produção dos fornecedores e dos fabricantes tentando comprar mais componentes do que precisam devido a preocupações”, disse o chefe de pesquisa de ações da Morningstar, Kazunori Ito. A situação só deve ser normalizada em 2023.

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