Se os brasileiros já reclamam de algumas restrições à circulação de motocicletas ou de rodízios esporádicos para carros nos centros urbanos, não sabem como é viver em uma grande capital europeia. Londres (ING) por exemplo, tem uma espécie de área em seu centro expandido onde qualquer carro à combustão ou motocicleta abaixo de 2007 não pode entrar, é a ULEZ (zona de emissão ultra baixa, em inglês).

Para entrar, ou se tem uma moto mais recente, um carro híbrido ou elétrico, ou paga-se um pedágio diário de 12,50 libras, cerca de R$ 90. Isso da direito aos veículos excluídos rodarem por um dia no centro de Londres. Na Inglaterra, o prefeito da capital, Sadiq Khan, já quer expandir a área de exclusão da ULEZ. ou seja, ampliar "o rodízio".

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Mesmo os londrinos já começaram a se preocupar com famílias de menos recursos que dependem de motos mais antigas para acessar o centro da capital e não têm como comprarem um veículo mais novo. Aqui no Brasil, essa regra acabaria sendo empurrada para frente, ou teria as restrições afrouxadas. Mas não é o Brasil.

Sadiq Khan anunciou que não só que não recuará na estratégia, como irá tirar dinheiros dos cofres londrinos para renovar a frota de motos da capital inglesa, afinal, faz parte da estratégia de redução de emissões da cidade e essa é a prioridade. Só com o plano para trazer motocicletas mais novas para as ruas, Londres gastará 5 milhões de libras (R$ 36 milhões).

Para os residentes da capital que têm motos anteriores à 2007, a prefeitura londrina oferecerá 1.000 libras (R$ 7.199) para "comprar" a motocicleta antiga de quem desejar adquirir um modelos mais novo, 0km ou elétrico de duas rodas. Na Inglaterra, é possível comprar uma moto 125 0km por a partir de 1.299 libras (R$ 9.352) Para não entregar essa facilidade para quem têm recursos para comprar uma moto nova, a oferta será dada apenas para cidadãos da capital que já participam de determinados programas sociais da prefeitura de lá.

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