Depois de ter reduzido o número de turnos em operação de sua planta, a Hyundai Motor Brasil anunciou nesta semana que vai suspender totalmente a produção da fábrica em Piracicaba (SP). A medida é por conta da crise mundial de semicondutores que segue atrasando o ritmo de grande parte da indústria no Brasil e no mundo.

Para quem não se recorda, na semana passada (1 de julho) a montadora tinha revelado que estenderia a paralisação do segundo e terceiro turnos de sua unidade no interior paulista, assim passando a operar em turno único. Vale lembrar que a fábrica estava operando desta forma desde 17 de junho, quando a Hyundai paralisou dois turnos pela primeira vez por culpa da escassez dos chips. Naquele comunicado, a previsão é que esses turnos voltariam a ativa no dia 30 de junho, o que não ocorreu.

Galeria: Hyundai em Piracicaba (SP)

Com o anúncio da suspensão total do complexo fabril piracicabano, o hatch HB20, o sedã HB20S, o aventureiro HB20X e o SUV Creta deixarão de ser produzidos. Essa parada vai durar até dia 11 de julho, com isso a linha de montagem volta a funcionar no dia seguinte (12) com o segundo e o terceiro turno. Já o primeiro turno será ativado três dias depois, em 15 de julho, momento em que a fábrica terá sua produção em funcionamento pleno.

“A Hyundai Motor Brasil suspende a produção do 1° turno de sua fábrica em Piracicaba (SP) a partir de hoje, dia 5, devido à continuidade das condições instáveis de fornecimento de componentes eletrônicos. A previsão de retorno é para o dia 15 de julho. O 2º e o 3º turno já estavam suspensos, com retorno planejado para 12 de julho. Com isso, não haverá produção na fábrica de 5 a 11 de julho. A empresa segue monitorando a situação e tomará as medidas necessárias para adaptar os volumes de sua produção conforme as condições de fornecimento de peças a cada semana”.

Fábrica de Gravataí - 4 milhões de unidades

Com esse anúncio da Hyundai, o Brasil chega a três marcas com fábricas paralisadas por conta da falta do componente eletrônico neste mês de julho. Uma das que estão em situação mais grave é a General Motors, cuja fábrica de Gravataí (RS) está parada desde março – ou seja, sem produzir seus principais modelos que são o Onix e Onix Plus. A situação tem provocado apreensão entre 5 mil funcionários parados, sendo 2 mil da GM e o restante das 14 empresas fornecedoras do complexo industrial.

Outra fábrica da GM também vai ser desligada por seis semanas: a planta de São Caetano do Sul (SP). Com a falta de semicondutores, que já causaria a parada por lá, a GM aproveitou para modernizar a linha de montagem para se preparar para a chegada da nova Montana, modelo que será a futura rival da Toro no país.

Por fim também tem a Volkswagen, que interrompeu sua produção na fábrica de Taubaté (SP) pela segunda vez neste ano. Para “aproveitar” a parada por conta da escassez dos chips, a VW vai aproveitar para mexer nas linhas de montagem da fábrica do interior paulista, para que possa produzir carros com a plataforma MQB-A0. Para Taubaté está previsto a produção do inédito Polo Track, que assumirá a posição de novo carro de entrada da empresa. Ele manterá o visual atual do hatch, pois o Polo reestilizado (feito em São Bernardo do Campo-SP) será lançado no início de 2022.

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