Além dos impactos no Brasil, o fechamento das fábricas da Ford em Taubaté (SP) e Camaçari (BA) também já impactam em mercados exteriores, como a Argentina. Em reportagem publicada pelo jornal La Nación, fontes da marca no país dizem que cerca de 25% dos concessionários do país, hoje com uma rede de 59 lojas. 

A Ford segue produzindo na Argentina. A planta de Pacheco faz a Ranger e inclusive receberá o investimento de US$ 580 milhões para a produção da nova geração da picape em 2023, mas mesmo assim haverá a reestruturação da rede já que a Argentina também vendia o Ka, Ka Sedã e EcoSport produzidos por aqui. Curiosamente, o EcoSport seguirá vendido por lá, mas importado da Turquia ou Índia.

Na Argentina, a ofensiva de modelos importados é mais ampla, com F-150 e Kuga Hybrid e Ranger Raptor, além do Bronco Sport já ter aparecido por lá com lançamento confirmado para o 2º trimestre deste ano, sem contar o Mustang. Mesmo assim, entre 12 e 15 concessionários serão fechados, entre eles a Ford Serra Lima, que vende veículos Ford há 114 anos. 

Segundo a Ford, a reestruturação é justamente pela nova linha de modelos. Sem os modelos de entrada, diminuir a quantidade de concessionários é algo inevitável. O mesmo acontecerá no Brasil, mas ainda sem um número exato sobre essa reestruturação. Com certeza serão mais lojas fechadas, já que a quantidade no território brasileiro é maior que na Argentina. 

Ainda em 2021, a Ford deve apresentar para o Brasil o Bronco Sport, Ranger Black e o Mustang Mach 1, mas não há datas exatas confirmadas. São lançamentos esperados para reverter a situação da marca no país após o anúncio do fechamento das fábricas de Taubaté (SP) e Camaçari (BA), além da fábrica da Troller em Horizonte (CE). 

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