Em entrevista concedida recentemente à agência Automotive News Europe, o chefe de vendas do grupo Volkswagen, Christian Dahlheim, deu detalhes a respeito dos planos traçados para o futuro da marca Skoda. De acordo com o executivo, o braço tcheco da VW continuará sendo destaque no portfólio e não será "rebaixado" à categoria de divisão de baixo custo (como sugerem muitos analistas de mercado).

As declarações soaram como resposta àqueles que veem com preocupação o posicionamento e a concorrência interna com a marca Volkswagen. A Skoda, não custa lembrar, adota plataformas projetadas pela VW em veículos com design próprio e preços bem mais em conta que, muitas vezes, são considerados mais espaçosos e atraentes que os próprios modelos alemães.

Galeria: Skoda Octavia iV 2021

Para Dahlheim, porém, isso não parece ser um problema. O executivo destacou que não há qualquer possibilidade de tornar a Skoda concorrente direta da Dacia (divisão barata do grupo Renault) e que os reais rivais da empresa são outros. “Não gostamos dessa comparação porque não queremos rebaixar a Skoda nesse sentido. A Skoda tem concorrentes fabulosos, como as próprias marcas francesas e, claro, a Ford", disse.

Na visão do executivo, a empresa tem todas as condições de manter elevado nível de desenvolvimento e alcance comercial sem se tornar uma marca de baixo orçamento. Seguindo a fórmula atual, já testada e comprovada, a própria Volkswagen admite que a Skoda detém o “maior potencial de crescimento” entre as marcas de volume do grupo.

Skoda Kamiq 2019
Kamiq, primo tcheco do VW T-Cross

Atualmente, o portfólio da Skoda é composto por diversos modelos de sucesso e tem ganhado nos últimos anos a presença de SUVs. A marca é forte na Europa, especialmente em países do leste, e tem alcançado êxito também na expansão para países como China e Índia (onde já começou a desenvolver modelos próprios e adequados ao gosto do consumidor local).

Envie seu flagra! flagra@motor1.com